DevSecOps

6 set, 2011

Como obter decisões simples em ambientes dinâmicos de TI?

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O dinamismo e a criatividade já permeiam há muito as
várias áreas do ambiente corporativo. Em se considerando a área de Tecnologia
da Informação, pode-se verificar que tudo conversa e diverge ao mesmo tempo. As
decisões devem ser tomadas da forma mais acertada possível e em um curto espaço
de tempo. E para isso há que se considerar algumas propostas que pretendo
abordar em momento adequado, mas o que faço considerar neste é a dinâmica que
envolve as pessoas, o conhecimento que possuem e a forma como interagem.

É fato o conhecimento e o aprendizado serem diários e
também é fato que não necessariamente estão focados na solução simples e eficaz
de uma determinada questão. Todavia, muitas vezes alguns gestores da empresa
perdem-se ao não entenderem o colaborador como um aliado poderoso nos
processos.

Baseio minhas considerações tomando emprestado duas
citações de Friedrich Nietzsche, uma do livro “Ecce Homo”:

E a vida, por ela mesma, me disse este segredo: ‘Eisque’, ela disse, ‘Eu sou a que deve superar-se novamente e novamente’.

E outra do livro “Assim Falou Zaratustra: Um Livro para
Ninguém e Todos”:

Eu ensino para vocês sobre o ‘além do homem’. O homem é algo que deve ser superado. O que você tem feito para superá-lo?

Acredito que todas as possibilidades possíveis
existentes tangenciam de alguma forma os colaboradores da empresa e
principalmente o comprometimento deles, não necessariamente com a atividade
diária, mas com a cultura da empresa. Afinal, tende a ser muito mais reforçador
para os colaboradores a certeza de que fazem parte de algo grande e importante,
são respeitados por isso e têm sua capacidade reconhecida e limitações
respeitadas.

Já presenciei algumas consultorias ao longo de minha
vida profissional, e TODAS pareciam estar tão somente preocupadas com processos organizacionais
e como fazer para que tais processos sejam automatizados, de forma a gerar mais
lucro, o que é importante, mas rebaixavam à segunda, terceira posição o mais
importante na empresa: o potencial humano. Com isso, enquanto estava pregando
quadros e fotos na parede, a preocupação dos funcionários era tão somente o
salário no final do mês.

Proponho, de forma associativa, a consideração do que muitas
vezes acontece na comunidade de software livre: alguém tem uma ideia boa, e um
software é feito e liberado para a comunidade juntamente com o código-fonte. Resultado: pessoas utilizam, pessoas têm acesso ao código-fonte, pessoas propõe soluções,
pessoas otimizam o software, pessoas implementam modificações, todos se
beneficiam com uma versão melhor que a primeira. Esse “software” pode ser um
processo dentro da empresa, um problema, uma questão que deva ser refletida, e
as “pessoas” são simplesmente TODAS na empresa, desde o colaborador que toma
conta da limpeza até o presidente que toma decisões estratégicas.

Também proponho a análise crítica do filme “Quase
Deuses”, ambientado em Nashville, Estados Unidos, 1930, baseado em uma história
verídica de um marceneiro negro de nome Vivien Thomas, responsável pelo
primeiro transplante de coração do mundo. O médico, de cor branca, que o
descobriu não o percebeu como um negro, mas como um ser humano cujo talento
potencial poderia ser desenvolvido e utilizado em benefício de muitos.

Como
aprendemos isso?
Com um olhar para além do que está posto,
além do óbvio.

Como
achar soluções?
Convidar todos os colaboradores para que integrem
o ambiente sinérgico da empresa sendo TODOS exemplo dessa conduta, e a empresa
proporcionando ambiente para tal.

Consultoria? Somente
aquelas em que os consultores são aprendizes e não mestres, que olhem para o “além-do-homem”,
não para problemas pontuais.

Como
encontrar as repostas certas?
Sendo a mudança que se
quer.