Design & UX

24 fev, 2012

O web designer dos sonhos

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Recentemente, eu tive que recusar alguns freelas por não poder cumprir com o prazo de entrega. Sendo assim, procurei por designers freelancers para que pudesse repassar os trabalhos. Busquei pessoas que poderiam dar continuidade ao meu trabalho, mas me deparei com um problema que virou uma constante na área web design: a carência de profissionais completos.

Muita gente tem dificuldade de ver o macro e o job como um todo, o que faz com que o layout passe de mão em mão até chegar, pronto e funcional, ao navegador do usuário. Fulano só recorta, beltrano só cria e cicrano só faz o HTML e o CSS. Ao final, acabei precisando de quatro pessoas pra fazer algo que eu faria sozinha.

Qual o motivo de não termos designers completos que participam do projeto do começo ao fim? De quem é a culpa de termos layouts do tipo Frankenstein rodando por aí, com remendos e peças encaixadas sem nenhum padrão de qualidade? Bom aqui estão os culpados: o cliente e o web designer.

Cliente – quem pede:

O cliente acha que não é importante o designer participar do brainstorm, ou ter um briefing completo do que ele, cliente, quer para o layout. Ele acha que se der as peças soltas, vai ser fácil formar o quebra-cabeça. Não que seja impossível, mas não é, nem de longe, o ideal.

Quando cada profissional faz uma parte, é preciso haver uma comunicação impecável entre todos eles. Mas quando se faz um freela, isso é muito raro. Caso não haja uma boa comunicação, colocar o site para rodar pode se tornar uma experiência traumática. Acho que o cliente tem que iluminar o caminho pra o web designer para que, por exemplo, ele saiba que se fizer um botão cheio de frescura, pode complicar na hora de rodar algum aplicativo que vai ser inserido no futuro.

Saber como o layout do cliente se comporta hoje e como ele quer que se comporte no futuro é essencial pra que o web designer consiga atender as expectativas do cliente.

Web designer – quem monta e cria:

Muitos web designers não se preocupam em ter uma carreira, e a culpa de não termos fidelidade e nem continuidade pra início e fim de projetos pode ser desses profissionais que fazem o trabalho, no bom e velho português, “nas coxas”. E essa situação acaba gerando a famosa refação e faz com que o layout passe de mão em mão, na esperança de que alguém consiga fazê-lo rodar. O layout vira uma batata quente.

Esse tipo de pessoa, que só faz uma função no processo, é o designer acomodado, que fica satisfeito em apertar um parafuso, sendo que ele poderia criar o carro todo. Como ele sabe que receberá seu salário no próximo mês, está tudo bem pra ele.

Eu, particularmente, acho terrível não saber onde está se metendo e para onde aquilo vai. Projeto é como um filho; e filho não se faz pela metade! Quando trabalhamos blocado, só ajustando certas áreas, fica difícil falar que você realmente criou e fez aquele layout.

Como resolver? 

Não sei ao certo qual é a solução para esse problema, já que isso requer uma comoção geral em torno do assunto – e precisaríamos, claro, de designers menos preguiçosos. Pessoas que tenham interesse em crescer na área, crescer na vida, ganhar mais conhecimento, aprender, ler mais, e ser completo para ver o macro, sem travar numa tela só, ou errar no rumo do site porque está no escuro e tem preguiça de sair dele.

Precisamos de mais gente querendo criar a máquina como um todo, do que simplesmente apertar parafusos!

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Na minha busca, também percebi que há uma carência de pessoas que realmente saibam flash e web designers disponíveis pra freelas, portanto estou criando uma lista com pessoas que sabem lidar com a ferramenta e dispostas a aceitar esse tipo de tabalho.

Se você tem interesse, mande um e-mail para mj.coffeeholick@gmail.com, com título LISTA FLASH ou LISTA DESIGN. Me passe seus contatos e o seu perfil no Twitter.