Desenvolvimento

27 mar, 2013

Review – MariaMole: um ambiente de desenvolvimento brazuca para Arduino

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O mais legal de a plataforma Arduino ser open-source (e open-hardware também) é que muitos desenvolvedores podem contribuir com a plataforma, criando tutoriais, desenvolvendo protótipos e até mesmo criando programas que a complementem.

Alex Porto, desenvolvedor brasileiro, lançou uma IDE (ambiente de desenvolvimento integrado) mais completa que a padrão, com possibilidade de múltiplos projetos, com ajustes nas opções de compilação e conexão com várias portas seriais simultaneamente.

Maria-Mole

Instalação

O processo de instalação é bem simples, e você precisa apenas indicar qual o caminho do arquivo arduino.exe. Depois de instalado, é necessário criar um “workspace”, no qual seus projetos serão inseridos (é simplesmente uma pasta no seu disco).

Utilização

Ao criar um projeto, você tem 3 opções:

  • criar um firmware do zero (mas ele já inicia com o exemplo “blink” do Arduino);
  • importar um dos exemplos do Arduino (mas ele não considera os exemplos das bibliotecas, apenas carrega a pasta “examples” da instalação do Arduino);
  • importar de um projeto já existente feito na IDE do Arduino.

Qualquer que seja a opção, ele vai montar uma estrutura de pastas (o fonte e o build), além do arquivo que contém as configurações do projeto.

Eu fiquei um pouco perdido quando importei um sketch que utilizava a biblioteca “Servo” do Arduino (que inclusive vem no download da IDE), e o programa não fez importação automática da biblioteca. Isso significa que, se você já possui um projeto utilizando algumas bibliotecas, será necessário refazer a importação das bibliotecas individualmente.

Prós:

  • múltiplas portas seriais (isso ajuda inclusive na hora de testar/debugar alguma função do seu programa)
  • ambiente de desenvolvimento profissional. Para cada projeto, você pode definir um modelo de Arduino específico (isso é ótimo se considerar que você vai prototipar sempre com a mesma estrutura)
  • você pode ter mais de uma pasta de bibliotecas e não é obrigado a criar a estrutura Arduino/libraries na pasta de documentos. Para isso, basta inserir a lista de pastas separadas por “;” nas preferências do aplicativo.

Contras:

  • não é 100% independente da IDE do Arduino (existem algumas dependências de compilador e bibliotecas, e você precisa informar o caminho do executável)
  • poderia ter uma forma de fechar facilmente os arquivos abertos (hoje você precisa usar o mouse para fazer isso)
  • faltam comandos de build, gravação e abertura da porta serial em cada projeto utilizando o botão auxiliar do mouse. Você precisa ativar o projeto primeiro para executar esses comandos.

Conclusão 

Ainda não consegui testar outras IDEs, como o Atmel Studio e os plugins para Eclipse para fazer um comparativo mais detalhado, mas, independentemente disso, acredito que há muito trabalho para tornar o MariaMole um ambiente de desenvolvimento totalmente estável.

Para os usuários que são “escovadores de bits” e que querem melhorar questões de desempenho de firmware, ela é a alternativa para personalizar os parâmetros de compilação do seu projeto.

Quando o aplicativo estiver mais estável e em mais de uma plataforma, com certeza quero usar! Então, se você é desenvolvedor e/ou pode contribuir de alguma forma com o projeto, entre em contato com o Alex Porto e veja como pode ajudar no projeto! Foi uma ótima iniciativa e espero poder falar de mais projetos assim.

 

Esta matéria foi publicado originalmente na Revista iMastersAcesse e leia todo o conteúdo.