Um estudo da Deloitte apurou que 58% de um grupo de 411 empresas brasileiras já utilizam inteligência artificial em suas atividades ou em produtos e serviços oferecidos aos clientes. Entre elas, 79% declararam que pretendem ampliar esse uso para potencializar a operação e as ofertas ao consumidor final.
Uma nova aposta em tecnologia promete intensificar ainda mais o uso da IA. Grandes players, como HPE e Intel, estão se mobilizando para desenvolver soluções que integram a nuvem híbrida com Inteligência Artificial embarcada. O objetivo é proporcionar mais simplicidade, eficiência, escalabilidade, segurança e estratégia para organizações que gerenciam seus ativos entre nuvens públicas e privadas.
Nuvem híbrida com IA
O que se observa é que a IA, por sua natureza, opera de maneira mais eficaz em ambientes híbridos, pois consegue atender às cargas de trabalho exigentes em termos de grandes volumes de dados. Cada vez mais empresas enxergam na solução híbrida uma alternativa eficiente para lidar com a complexidade da IA, especialmente em ambientes onde a conectividade de milhares de dispositivos é crucial para o funcionamento das operações.
A inovação também reflete o compromisso sustentável das iniciativas de TI, ao combinar a agilidade e escalabilidade da arquitetura em nuvem com a gestão inteligente de recursos, que contribui para a redução da pegada de carbono.
Extrair o máximo da nuvem híbrida, porém, é uma ação que exige organização, conhecimento, estratégia e cuidado, com especial atenção a 7 etapas:
1. Planejamento da adesão e/ou migração
Antes de qualquer iniciativa, trace um plano com objetivos, atividades, prazos, previsão de custos, responsabilidades, responsáveis pelas tarefas e benefícios de executar a ação, além de perdas e riscos ao ignorá-la. É muito importante que o projeto tenha um “dono” que garanta que o plano vire realidade. Considerar as opiniões e as necessidades das diferentes áreas do negócio é um grande apoio para melhores escolhas.
2. Pesquisa do provedor da nuvem híbrida
A qualidade e idoneidade do provedor da nuvem híbrida é fundamental para o sucesso do projeto. Na escolha, atente-se, especialmente, aos seguintes fatores: tecnologia utilizada, suporte oferecido, segurança das informações, estabilidade do ambiente, integrações do serviço, escalabilidade, custo-benefício e diferenciais reais diante da concorrência. Na dúvida, procure auxílio de um parceiro especializado.
3. Criação de uma rotina de acompanhamento do ambiente
Após aderir à nuvem híbrida, garanta que as equipes de TI e SI da sua organização estejam capacitadas e qualificadas a utilizar o ambiente e que as funcionalidades e capacidades da infraestrutura se mantenham alinhadas às necessidades do negócio.
4. Parceiros especializados
Caso a sua equipe interna de TI esteja sobrecarregada ou não disponha de profissionais qualificados para lidar com as oportunidades e os desafios da nuvem híbrida, considere buscar o apoio de um parceiro especializado com experiência comprovada no ambiente. Esse suporte externo é importante, inclusive, considerando a alta rotatividade na área de tecnologia da informação.
5. Governança de dados
É imprescindível que cada organização estabeleça processos, políticas e normas que assegurem a qualidade, a integridade, a segurança e o uso eficiente dos dados que estão em seu poder. Isso é importante tanto para mitigar riscos relacionados à segurança da informação quanto para estar em conformidade com a rigorosa Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
6. Segurança da informação
Nunca é demais alertar que, em cloud computing, a segurança é compartilhada. Na prática, isso quer dizer que o provedor é responsável pela estabilidade do ambiente, enquanto a segurança das informações e das aplicações nele inseridas é de responsabilidade de quem contrata o serviço.
7. Plano de contingência da nuvem híbrida
Mesmo as organizações digitalmente maduras estão sujeitas a ataques cibernéticos, que podem gerar prejuízos financeiros, operacionais e/ou reputacionais. Nesse cenário, além de soluções de segurança da informação, é vital que as organizações tenham um plano de contingência, ou seja, um conjunto de procedimentos e diretrizes que permitam que o ambiente digital de uma empresa seja restabelecido após uma adversidade.
É na nuvem híbrida que muitas organizações têm encontrado o ambiente ideal para acelerar a transformação digital do negócio com otimização de investimentos. Mas esse benefício só se concretiza quando há estratégia e especialização.
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