Cloud Computing

25 nov, 2022

FinOps: como fazer mais com menos e otimizar custos com o uso da nuvem

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Com o uso da nuvem cada vez mais comum nas empresas, que precisam também otimizar os custos em um cenário econômico desafiador, surge uma dúvida: como monitorar e otimizar estes recursos? Neste contexto, surge uma modalidade que vem sendo usada por algumas companhias, o FinOps, que, em livre tradução, significa operações financeiras.

Com o uso dessa solução, é possível entender melhor os custos de cada um dos serviços alocados na nuvem, pois a modalidade facilita o entendimento do uso dos sistemas e quanto estão consumindo, e faz uma recomendação de melhores práticas. Para isso, é preciso estabelecer uma estrutura organizacional que vai fazer o gerenciamento destes custos, e escolher um líder de FinOps – há alguns treinamentos disponíveis para o desenvolvimento desse profissional – que vai ser responsável pela implementação do monitoramento, das métricas e metas de sucesso, além de fazer a análise de relatórios, que poderão ser feitos de acordo com necessidades específicas e em tempo real.

Depois de definidos esses parâmetros, é fundamental que o time de DevOps, ou a área de TI da empresa, trabalhe em conjunto com o líder de FinOps para que, nos primeiros momentos dessa nova realidade, solucionem eventuais dúvidas sobre o papel de cada equipe nesse processo. Com todos os envolvidos por dentro do assunto, é a hora de reunir informações sobre o tipo de nuvem contratado, sua velocidade e custo, para que os times possam sugerir, eventualmente, ajustes em seu uso.  

A partir daí, o departamento financeiro consegue ter visibilidade – e também a previsibilidade – dos investimentos que serão realizados nos próximos meses, permitindo mais clareza para o time de finanças da companhia, já que as informações ficam disponíveis para todos os envolvidos nesse processo. Uma das inúmeras vantagens de ter profissionais designados para fazer o gerenciamento do FinOps consiste em todos estarem atentos às melhores práticas, implementando medidas específicas para otimizar custos e definir os indicadores de performance da organização (KPIs, no termo em inglês), possibilitando redução de despesas e, a longo prazo, economia para uma melhor distribuição de recursos entre as áreas de negócio.  

Com o investimento em nuvem detalhado, a empresa consegue traçar objetivos de crescimento e com o poder computacional dessa tecnologia é possível gerar mais inovação e a criação de novos produtos ou serviços em escala, o que pode acarretar um aumento de receita, caso novos produtos sejam lançados. Com a previsibilidade e a possibilidade de readequação do uso da nuvem, é possível traçar mudanças de rota e estratégia. Um importante benefício do FinOps para quem utiliza um ou mais serviços de nuvem é a possibilidade de comparação entre os preços dos serviços, que pode ser feita previamente à aquisição. 

Outro importante ganho com a estratégia de FinOps é que a equipe escolhida para fazer esse gerenciamento pode capacitar os desenvolvedores e outros profissionais a fazerem a migração para a nuvem com mais eficiência, direcionando-os no que diz respeito ao investimento necessário e indicando qual o momento mais adequado para a companhia, demonstrando os ganhos financeiros que essa mudança traz. 

Quando todas as equipes estão envolvidas e com espírito colaborativo, tudo começa a fluir melhor, já que todos dividem a missão de utilizar os recursos disponíveis com responsabilidade, descentralizando o gerenciamento de uma única área, como a de DevOps. Assim, as áreas podem lidar com outras demandas de igual importância, gerando também maior eficiência em outras frentes.   

A estratégia de ter uma equipe, ou uma área, para cuidar especificamente dos custos em nuvem, em colaboração com outras áreas do negócio, é fundamental para as companhias em um cenário econômico desafiador. Em um momento em que os investimentos precisam ser alocados com o máximo de transparência, o FinOps permite que as companhias “façam mais com menos” sem perder a qualidade dos serviços prestados para os clientes, cada vez mais exigentes.