Não,
não é. Se você pensa assim, meu caro, tenho uma péssima notícia para lhe dar:
sua empresa está cometendo um dos erros mais banais, tolos e primordiais a
serem evitados. Onde entra a história do dedo no nariz? É simples.
Pegue
como exemplo de paralelo empresarial um dos acontecimentos mais cotidianos da
vida: um semáforo vermelho em uma avenida super movimentada. Nele,
todo e qualquer motorista da face da Terra, não importando sexo, origem social,
cor ou muito menos o carro que está dirigindo fará, quase
que instintivamente, o ato de enfiar o dedo no nariz como se absolutamente
ninguém estivesse em volta!
A
análise é rápida: todo motorista que para em um semáforo vermelho tem a
síndrome do invisível. Acha que o ato de parar em um sinal de pare o
possibilita de ter controle sobre seu estado físico, podendo enfiar o dedo no
nariz sem que nenhuma outra criatura do planeta pudesse observá-lo. É claro,
porém, que a síndrome é somente para o motorista, já que todos estarão olhando,
comentando, criticando e, possivelmente, apontando o dedo para ele.
Qual
o paralelo que podemos fazer com o digimundo empresarial? Simples. Diversas
empresas estão entrando de cabeça nas teias e tentações das mídias e redes
sociais e, uma vez nelas inseridas (sinal vermelho), agem como se nada as
impedissem de cometer erros crassos ou infantis (enfiar o dedo no nariz) sem
que ninguém as observasse e apontasse para elas.
A
síndrome é parecida: muitas empresas estão aderindo à “política da obamização
empresarial” forçadamente e, com isso, muitas se sentem como se estivessem no
próprio quintal de casa, não imaginando e nem ao menos traçando cenários de que
qualquer deslize é combustível suficiente para criar avalanches de crises
empresariais sérias, ainda mais no mundo social digital.
Nenhuma
empresa pode ter a ousadia de querer entrar nas mídias sociais, enfiar o dedo
no nariz e achar, por pura inocência ou ignorância, que ninguém vai ver, que nenhum cliente apontará
o dedo para sua cara. Se o faz por pura inocência, meu caro, você não devia nem
ter entrado no terreno das redes sociais, já que não sabe nem ao menos onde
pisa. Se o erro foi cometido por ignorância, como é que alguém como
você palpita algo dentro da empresa? Não venha com conversas de que a empresa é
sua. Só existe você dentro dela? Os outros colaboradores não opinam em nada?
Se for assim, você acaba de cometer outro erro sério que com certeza o levará
ao suicídio empresarial digital.
No
deserto fértil das redes e mídias sociais, o jargão para erros que se voltam
contra as próprias empresas e campanhas deveria ser mudado. No digimundo
empresarial, nenhuma corporação ou evento precisa dar um tiro no próprio pé
para fracassar. Basta enfiar o dedo no nariz no primeiro sinal vermelho que
encontrar.