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30 abr, 2025

Gestão de riscos em projetos: sua trava de segurança na montanha-russa da execução

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Projetos são intensos. Cheios de movimento, expectativa, pressão e decisões em alta velocidade. Lembram muito uma montanha-russa: trajetos planejados, curvas emocionantes, acelerações inesperadas. Mas tem uma diferença importante. No parque de diversões, tudo foi testado, inspecionado e calculado para funcionar com segurança. Em projetos, se você não cuida da gestão de riscos, pode sim sair dos trilhos.

Gerenciar riscos não é sobre paranoia nem excesso de controle. É sobre criar segurança, manter clareza e antecipar o que pode virar problema antes que vire caos. O PMBOK trata isso com método. Planejar, identificar, analisar, responder e monitorar riscos faz parte de qualquer projeto bem conduzido. É o que transforma susto em aprendizado, e incerteza em preparo.

Tudo começa com uma escolha estratégica: como o time vai lidar com riscos? Com que frequência vamos revisar, quem será responsável por acompanhar, como essas informações vão ser registradas? É como definir antes da largada quais cintos serão usados e quem faz a inspeção. Mesmo sem volante, alguém precisa estar no controle do que pode dar errado.

Depois vem a identificação. E aqui entra uma das boas práticas mais negligenciadas: envolver o time. Quanto mais gente observando com atenção, mais chances de mapear riscos reais e específicos. É importante ouvir especialistas, analisar projetos anteriores, cruzar dados e até fazer brainstorming. Só dá para enfrentar o que foi reconhecido.

Com a lista em mãos, priorizar é essencial. Nem tudo tem o mesmo peso. A análise qualitativa ajuda a separar o que tem alta chance de acontecer do que é apenas ruído. Em casos críticos, vale usar análise quantitativa para entender impacto financeiro, atrasos potenciais ou riscos combinados. E aqui entra a segunda boa prática: manter a matriz de riscos viva. Revisitada, atualizada, usada de verdade no dia a dia. Não é documento de gaveta.

A próxima etapa é decidir o que fazer com cada risco. Evitar, mitigar, transferir ou aceitar. Cada escolha exige clareza e ação. E para isso funcionar, a terceira boa prática faz diferença: estabelecer gatilhos claros para agir. Quando uma situação específica ocorre, o plano é ativado. Sem achismo, sem hesitação.

Tudo isso só funciona se for monitorado. Riscos mudam. Novos aparecem. Outros desaparecem. Por isso, revisar, conversar, ajustar estratégias e registrar aprendizados é parte da rotina de quem leva a gestão de riscos a sério.

No final, a montanha-russa do projeto pode até ter momentos de adrenalina, mas não vira pesadelo. Porque projeto bem-sucedido não é o que nunca enfrentou riscos. É o que se preparou para eles e soube navegar com firmeza mesmo nas curvas mais inesperadas. ♦


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