Marketing Digital

18 dez, 2012

Gamificação: mais do que uma tendência, uma estratégia

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O termo é novo, mas conhecido indiretamente por muita gente. Se você passa muito tempo na Internet, seja usando redes sociais ou mesmo trabalhando, já deve ter sido envolvido por ele. Um formulário “gigantesco” que você preenche em questão de minutos envolvido por um pequeno jogo ou um “checkin” no Foursquare incentivado por uma marca faz de você participante de um processo chamado gamificação, que a cada dia ganha mais credibilidade no desenvolvimento de estratégias de marketing das maiores marcas do mundo.

A esfera digital, cada vez mais frequentada, aponta uma mudança de comportamento significativa tratando-se do consumidor como conhecemos. Pesquisas e estudos apontam o crescente desinteresse pela propaganda em geral. Na TV, o controle remoto é a arma mais usada por esse consumidor, que por sua vez tem dado um “nó” em apontamentos que mostram a migração da audiência para o veículo digital. Vivemos em uma época de pessoas multitarefa, que leem um artigo como este e na mesma velocidade os escrevem e se esquecem de que um dia fizeram tudo isso. Como envolver um público com esse perfil e conseguir extrair o precioso minuto de sua atenção? Transformar em jogos uma ação corriqueira é uma das melhores opções.

O exemplo mais famoso de gamificação é o conhecido Foursquare. O princípio é simples, uma rede social na qual aquele que visitar mais vezes um determinado lugar ganha o status de prefeito. Após o cadastro, o participante integra um ranking em que é possível ver a colocação frente aos demais. O simples uso dessa ferramenta é uma gamificação do cotidiano. Não são poucas as marcas que incentivam com prêmios e descontos os maiores visitantes de seus estabelecimentos. E, como as ações continuam, é a prova de que isso tem dado muito certo.

A Netshoes recentemente fincou sua bandeira no aplicativo MegaCity. Para utilizar o recurso,  os usuários precisam instalar a loja da empresa em sua “MegaCidade”. Após esse procedimento, será possível realizar compras e concorrer a “MegaGranas”, como é chamada a moeda virtual do game. Outro exemplo interessante é o site de fitness Fitocracy, que utiliza gamificação para encorajar os seus usuários a se exercitar mais e de forma mais efetiva. Usuários são premiados com diversos números de pontos por atividades que eles realizam em seus exercícios e ganham níveis baseados nos pontos coletados. Os usuários também podem completar missões (conjunto de atividades relacionadas) e ganhar emblemas por suas realizações em marcos de boa forma.

 

A gamificação também tem seus braços estendidos para outros setores. Na Inglaterra, por exemplo, médicos recomendam às crianças com fibrose cística (rara doença hereditária que provoca lesões especialmente nos pulmões) exercícios diários de respiração, atividade incômoda ao grupo. Para ajudá-los, foi desenvolvido um jogo para computador que reproduz fielmente essa atividade, valendo pontos. Posteriormente, estudos comprovaram a eficácia dos incentivos ao tratamento da doença.

O futuro desse conceito é o melhor possível. Tudo indica que o século XXI será dominado pela diversão e experiência – e o formato que mais se adéqua a essas características é a “gamificação”. Não há nada mais lúdico que os games, não é verdade?

A gamificação permite uma comunicação mais dinâmica entre empresa e clientes, fugindo do tradicional ‘push’ de mensagens. Engajamento é muito mais do que obter milhões de “likes” ou seguidores. É a realização de ações que trazem benefícios para uma empresa e que, por sua vez, identificam o cliente como embaixador daquela marca.

Trocando em miúdos, é o que a Apple conseguia fazer com Steve Jobs no comando, sem o auxílio da Internet. Como não temos vários “Steves” por aí, os jogos podem ajudar, e muito.

Pode acreditar.