Carreira Dev

21 mai, 2015

Prêmio Mulheres Tech em SP, Hackathon na indústria brasileira e #devfestsp14 – Confira!

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Que os brasileiros têm feito muita coisa, a gente sabe. Mas quem está fazendo o que e onde nem sempre fica bem claro.

A ideia aqui é você aparece com a sua equipe, sua turma, seus amigos, mostrando um trabalho, a participação num hackathon, palestra etc. Tudo o que signifique “fazer a Internet do Brasil” pra você cabe aqui! Quer participar? Envie uma foto e descrição para redacao@imasters.com.br.

Prêmio Mulheres Tech em Sampa

Em dezembro do ano passado, o Google for Entrepreneurs, em parceria com a Rede Mulher Empreendedora e a Prefeitura de São Paulo, lançou o Prêmio Mulheres Tech em Sampa. O objetivo era apoiar financeiramente atividades na cidade de São Paulo que estimulem o empreendedorismo digital entre as mulheres, a atuação de mais mulheres na área de tecnologia e o compartilhamento de experiências entre mulheres empreendedoras. Foram 64 inscrições com propostas para aumentar a participação feminina no ecossistema de startups da cidade por meio de cursos, treinamentos e hackathons, entre outras atividades. As vencedoras foram: Technovation Challenge Brasil 2015, de Camila Achutti; Rodada Hacker, de Gabriela Agustini; Canal Girls in Tech, de Loana Felix Santos; Startup School, de Jaciara Martins Fontes Cruz; Mulheres 50+ em rede, de Tassia Monique Chiarelli (ow.ly/IKWP0). As vencedoras receberam um prêmio de R$10 mil cada para executar suas iniciativas em 2015 na cidade de São Paulo.

Tecnologias Emergentes: Mudança de atitude e diferenciais competitivos nas empresas

Este é o título do novo livro de Cezar Taurion, colunista do iMasters e CEO da Litteris Consulting. Lançado no início deste ano, a obra é voltada para profissionais e estudantes de tecnologia e interessados no assunto. O objetivo do livro é dissecar as chamadas “ondas tecnológicas”: plataformas de redes sociais, mobilidade, computação em nuvem, Big Data, Internet das Coisas, inteligência artificial, entre outras, que já estão presentes em nosso cotidiano e, com isso, abrir linhas de pensamento para que os leitores cheguem às suas próprias conclusões. O livro é da Editora Évora e está à venda nas principais livrarias por R$ 59,00 nas livrarias Saraiva e Cultura.

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Primeiro hackaton da indústria brasileira acontece na Campus Party

A Ford promoveu a primeira maratona de desenvolvimento de software da indústria no Brasil, durante a Campus Party 2015. O objetivo era incentivar a criação de aplicativos para carros conectados utilizando a plataforma de conectividade SYNC AppLink como interface de acesso. O primeiro lugar ficou com Daniel Scocco, que criou um aplicativo que pode ajudar a reduzir o valor dos seguros nos automóveis. Chamado de “Bom Motorista”, o app reúne informações como geolocalização, velocidade, se a pessoa utiliza cinto de segurança e maneira que pisa nos pedais – todos os dados são coletados pelo celular ou pelo Sync. Esses dados seriam enviados para as seguradoras que, dessa forma, poderiam ter um perfil mais abrangente de seus clientes e, então, cobrar preços mais justos e eficientes.

O segundo lugar foi do projeto “Car Data Applets”, criado por Mauro Pichiliani, colunista do iMasters e autor do podcast DatabaseCast, o app premitiria a criação, compartilhamento, uso e venda de Applets criados a partir de regras simples para diferentes funcionalidades – como tocar uma música a partir de uma velocidade X. Já o terceiro lugar ficou com o aplicativo “Meu Filho”, que traz diferentes funcionalidades de conversas entre os pais e o colégio dos filhos, como a possibilidade de avisar quando está chegando para buscar a criança.

Mauro Pichiliani, colunista do iMasters, desenvolvendo o app Car Data Applets durante o hackaton (crédito: Divulgação/Ford).
Mauro Pichiliani, colunista do iMasters, desenvolvendo o app Car Data Applets durante o hackaton (crédito: Divulgação/Ford).

Evento sobre equações diferenciais reúne 120 participantes

Pesquisadores de 10 países estiveram no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, para participar do ICMC Summer Meeting on Differential Equations 2015 Chapter. Este ano o evento reuniu 120 participantes, 20% deles estrangeiros. Foram cerca de 75 palestras em que os pesquisadores apresentaram seus trabalhos, além dos pôsteres apresentados por estudantes de pós-graduação. Um dos outros coordenadores do evento, Matheus Bortolan, professor do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Santa Catarina e ex-aluno do ICMC, explica que os pesquisadores que comparecem ao ICMC Summer Meeting on Differential Equations investigam modelos matemáticos de fenômenos reais. “Quando modelamos problemas do mundo real, para compreendê-los, muitas vezes nos deparamos com as equações diferencias. De forma bem simplificada, os pesquisadores desse encontro trabalham para compreender essas equações”, afirmou Bortolan. O encontro é promovido desde 1996 pelo grupo de Sistemas Dinâmicos Não Lineares do ICMC e faz parte das ações do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Matemática (INCTMat).

Cerca de 20% dos participantes do evento eram estrangeiros (crédito: Reinaldo Mizutani).
Cerca de 20% dos participantes do evento eram estrangeiros (crédito: Reinaldo Mizutani).

#devfestsp14: comunidade cresce; desafios também

Por André Rosa e Lucia Freitas, para Revista iMasters

Feche os olhos e descreva, mentalmente, o perfil de um participante do GDG Dev Fest São Paulo, o maior evento realizado pela Comunidade Google no Brasil. Provavelmente virá a imagem de um desenvolvedor, um gestor ou empreendedor de tecnologia, estudantes da área de exatas, entusiastas em temas como Android Wear, Polymer, Angular.JS… Pensou em alguém da área de humanas ou mesmo arte? E se na sua imaginação essa pessoa é um homem, é melhor imaginar de novo.

Luis Leão, co-organizador do DevFestSP, com os mestres de cerimônia do evento: Emerson Bernardino (mobile), Alda Rocha (web) e Anderson Casimiro (comunidade).
Luis Leão, co-organizador do DevFestSP, com os mestres de cerimônia do evento: Emerson Bernardino (mobile), Alda Rocha (web) e Anderson Casimiro (comunidade).

Regina Fazioli é professora do curso de biblioteconomia do Centro Universitário Nossa Senhora da Assunção (UNIFAI), além de coordenadora da Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo. Apesar de seu primeiro GDG DevFest, participa de eventos na área de tecnologia sempre que pode. Isso inclui o último evento do Google Developer Group São Paulo de 2014, realizado no último dia 22 de novembro no Centro de Convenções Rebouças.

Funcionária da Prodesp, pioneira na informatização do governo estadual, desde 1979, Regina Fazioli diz que sempre se envolveu com facilidade com o tema. “Gosto dos aplicativos do Google e acompanho seus lançamentos. Tento usar o que posso em sala de aula, de uma forma geral entendo que os bibliotecários deviam se envolver com essas coisas”, disse, logo após acompanhar o keynote com exemplos de aplicações com Beacons Bluetooth, conduzida por Jeff Prestes, do PayPal.

Mesmo voltado para a comunidade de desenvolvedores, com temas divididos entre aplicações mobile e web, o GDG DevFestSP está longe de ser um ambiente restrito. Logo na abertura do encontro, Luís Leão, co-organizador do evento e community manager do GDGs-SP celebrou a aproximação entre artistas e programadores ao mencionar a iniciativa DevArt, competição global que apresenta novos tipos de arte feito com código. “É sensacional ver artistas começando a programar”, comemorou.

Regina também gostou do que viu, mas ainda se incomoda com dois problemas que considera gritantes. “O primeiro: a área de humanas não se envolve com tecnologia. Ao lado de outras, elas se restringem à teoria e não se integram à prática”, apontou. O segundo problema, na visão dela: “as mulheres também não se envolvem!”.

Impulsionado por encontros ligados ao projeto Women Techmakers, o número de mulheres no GDG DevFest São Paulo aumentou expressivamente. Dos 600 inscritos em 2014, 85 eram do sexo feminino – no ano anterior, foram 14. “Gostei de saber que o número de mulheres inscritas aumentou, mas ainda é muito pequeno”, lamentou Regina. “Inclusive conheço uma pesquisadora que investiga as razões pelas quais existem mais mulheres fazendo biblioteconomia e poucos homens. Tem um componente cultural aí”, explicou.

Crescimento e interesses da comunidade

O caminho para a participação das mulheres, ou mesmo para o aumento de projetos multidisciplinares, pode parecer longo. É inegável, no entanto, o esforço da comunidade de desenvolvedores Google para reunir e aproximar potenciais parceiros de áreas diferentes. Alexandre Borba, Google Community Manager, ressaltou que são poucos os lugares no Brasil sem um GDG local representado, resultando em cinco encontros ao final de 2014. Um resultado expressivo: no primeiro semestre, o país era o 17° em número de participantes em eventos Google. Já é o terceiro.

Além de fortalecer o relacionamento com estes grupos, o GDG DevFest busca recriar a experiência de um ambiente do Google. Trouxe, por exemplo, as novidades do Google I/O: Neto Marin, Developer Advocate do Google no Brasil, apontou a expansão do mercado para o desenvolvimento Android, especialmente interfaces para relógios inteligentes – o Android Wear. Ao contrário dos atuais dispositivos móveis, há uma preocupação para que as poucas interações destas aplicações sejam praticamente imperceptíveis. “E ainda tem gente reclamando que falta um teclado! Esqueçam!”, brincou Marin.

Luiz Fernando Corte Real Desenvolvedor e instrutor, Caelum, palestrando sobre JavaScript e o HTTP2.
Luiz Fernando Corte Real Desenvolvedor e instrutor, Caelum, palestrando sobre JavaScript e o HTTP2.

As trilhas técnicas, focadas em web e mobile, representam o panorama apresentado por José Papo, gerente de relações com startups e desenvolvedores do Google. Além de explicar as características do serviço Google Container Engine, 74% dos brasileiros entre 15 e 49 anos estão online, diante de múltiplas telas (especialmente móveis), durante todo o dia – mesmo na cama! “Para mim isso é um negócio disruptivo. Mesmo em um mundo multi-screen, a melhor visão é mobile first”, apontou.

Organizado inteiramente pela comunidade de desenvolvedores do Google, o GDG DevFest São Paulo incluiu um espaço para a exibição de experimentos e “lightning talks” (apresentações rápidas de projetos e tutoriais). Tudo isso de uma forma especial: as pessoas se autocredenciaram e houve um esforço pela sustentabilidade – menos geração de lixo, por exemplo.

“Como fazer com que as pessoas se sintam parte de alguma coisa?” A resposta de Luís Leão aos profissionais que doaram um tempo de si ao se apresentar no evento foi um presente personalizado: cadeiras “open source”. Independente dos desafios, o GDG DevFest São Paulo é resultado do envolvimento de muita gente, que pode ser medido a partir das imagens compartilhadas no Instagram e dos posts no Twitter com a hashtag #devfestsp14.

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Texto publicado originalmente na Revista iMasters.