Desenvolvimento

11 abr, 2019

Universidades criam núcleo de pesquisas para Inteligência Artificial

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O Núcleo de Computação Científica da Unesp criou o Advanced Institute for Artificial Intelligence (AI2). A instituição pretende aproximar os principais nomes do setor de IA (Inteligência Artificial) no mundo acadêmico brasileiro e as empresas privadas. A ideia é que ambos executem grandes projetos na área.

Os pesquisadores são comandados por Sergio Novaes, diretor do núcleo. “Queremos empregar técnicas modernas de tecnologia digital para desenvolver projetos que tenham impactos na vida do cidadão e na economia do País”, disse Novaes ao jornal O Estado de S.Paulo. Fazem parte da instituição 34 pesquisadores de 12 universidades. Entre elas, Unesp, USP, Unicamp e ITA.

Inteligência Artificial

O AI2 não tem uma sede física e vai funcionar em espaços de coworking das universidades. Os projetos devem ser bancados pelas empresas interessadas pela tecnologia. De acordo com o jornal, o instituto também vai abrir uma modalidade de patrocínio para empresas que queiram apoiar a iniciativa. Intel, IBM e grupo Fleury já seriam parceiras.

A ideia para a criação do AI2 teria surgido inpirada em três cientistas pioneiros da Inteligência Artificial. Geoffrey Hinton, Yann LeCun e Joshua Bengio ganharam no dia 27 de março, o Prêmio Turing, considerado o Nobel da computação.

O iMasters publicou que o trabalho dos três cientistas permite termos atualmente sistemas de identificação facial. Esse foi um dos motivos para que recebessem o Prêmio Turing 2018.

As técnicas desenvolvidas pelo trio datam das décadas de 1990 e 2000. Elas permitiram, por exemplo, melhorias em visão computacional e reconhecimento de fala, fundamentais para o que hoje vemos como carros autônomos.

“Nobel da Computação” – Prêmio Turing

O Prêmio Turing é concedido anualmente pela Association for Computing Machinery – ACM. O nome do prêmio é uma homenagem à  Alan Turing, um matemático britânico considerado um dos pais da ciência da computação moderna.

A história de Alan Turing foi já havia sido eternizada por ser contada no filme O Jogo da Imitação. Recentemente, a série BBC Icons, da emissora de TV britânica BBC, nomeou Turing como um ícone do século 20.

Segundo o portal Loving Manchester, o apresentador de TV Chris Packham fez um discurso emocionado sobre o trabalho do pai da computação durante o programa. Chris disse que Turing era “um gênio, um salvador, mas ele também era autista e gay, então o traímos e o levamos ao suicídio”. “Vergonha. Uma marca implacável na consciência da humanidade”, completou o apresentador.

Princípio da Programação

Alan Turing foi o autor do princípio da programação que deu origem aos computadores. Além disso, ele foi responsável pelos sistemas binários que usamos até hoje em dispositivos eletrônicos, de computadores a celulares. Ele era um gênio da matemática, que ajudou a Segunda Guerra Mundial a chegar ao fim. Isso, porque ele possibilitou, com seus cálculos, uma enorme vantagem da Inglaterra sobre a Alemanha, ao criar uma máquina que decifrava códigos e enigmas dos alemães. Uma grande revolução para a época.

Alan Turing chegou a ser preso e castrado pelo governo do Reino Unido, por ser homossexual. Anos mais tarde, ele se suicidou em decorrência de depressão. Foi impedido de trabalhar e não teve reconhecimento por seus feitos, que beneficiaram a história mundial da tecnologia e da sociedade.

Quem foi Alan Turing

Alan Mathison Turing nasceu em Paddington, na região de Londres, em 23 de junho de 1912. Ele morreu em Cheshire East, em 7 de junho de 1954. O matemático era também criptoanalista, lógico e cientista da computação.

Foi influente no desenvolvimento da ciência da computação. Além disso, foi importante na formalização do conceito de algoritmo e computação, desempenhando um papel importante na criação do computador moderno. Ele foi também pioneiro da inteligência artificial e da ciência da computação. É conhecido como o pai da computação.