Tecnologia

21 jan, 2016

Memória que aprende pode aprimorar futuros computadores

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À medida que pesquisadores tentam construir computadores mais complexos que se aproximam de emular o modo como o cérebro humano funciona, uma das áreas de foco é a memória.

Chips existentes, discos rígidos e unidades de drive são ótimos para armazenar grandes quantidades de dados, mas uma nova geração de chips de memória, chamado de memristor, poderia ir um passo além: ajudar os futuros sistemas de inteligência artificial a entenderem os dados e utilizá-los mais.

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Segundo Alex Nugent, diretor executivo da Known, os memristors poderiam ajudar os computadores a identificarem doenças ou auxiliarem carros sem motoristas a reconhecerem objetos com base em probabilidades e associações. Memristors são mais usados em modelos de aprendizagem de máquina para fazer previsões com base em padrões e tendências obtidas de grandes pilhas de informações.

Known é uma start-up com sede no Novo México e uma das empresas que trabalham com tecnologia de memristor.

Os memristors da Knowm são concebidos para imitar cérebros humanos, em que uma sinapse que liga dois neurônios fica mais forte quanto mais frequentemente um sinal é transmitido. Da mesma forma, a aprendizagem e a retenção de informações nos circuitos do memristor da Known são determinadas pelas características do fluxo de dados.

A Known ainda não possui um chip memristor totalmente funcional, mas lançou kits de teste de protótipo para pesquisadores e acadêmicos, nos quais o design do memristor podia ser emulado. Esse kit inclui um chip com circuitos analógicos e digitais, pacotes de software e algoritmos.

Nugent afirmou que o memristor atual da Known é um “processador em aprendizado” que funciona junto com CPUs, GPUs e outros processadores.

O executivo acredita que os memristors levarão a novos computadores que são melhores na aprendizagem e na extração de inteligência de padrões de dados. Para ele, o aprendizado de máquina é possível em computadores atuais, mas eles não são eficientes e requerem uma grande quantidade de energia.

Vale ressaltar que os chips baseados na arquitetura da Known podem demorar anos para chegar ao mercado.

Com informações de PC World