Marketing Digital

19 dez, 2008

Google AdPlanner: ainda há muito por fazer

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Em agosto, o Google lançou o Google Adplanner. Eu corri para me inscrever e fiquei muito empolgada quando me aceitaram para usar a versão beta. Mas infelizmente, a minha impressão não foi tão boa. Achei que faltava mais utilidades na ferramenta, pois os recursos que me pareciam mais importantes ainda não estavam disponíveis no Brasil.

É claro que nem tudo é responsabilidade do Google, as métricas na internet brasileira ainda são muito prejudicadas pela falta de parâmetros quando o assunto é IPs, dados estatísticos ou localização geográfica, o que prejudica em cheio a proposta de targeting especializado do Google Adplanner.

Aqueles que já trabalham com o Adwords há algum tempo devem se lembrar de quando a expressão geotargeting era novidade. Eu pelo menos ficava pensando que bom seria poder segmentar minhas campanhas por regiões, como já acontecia no Estados Unidos. Passados alguns anos, hoje já é possível fazer isso, mas esbarramos em algumas limitações técnicas. Ou seja, já vemos uma luz no fim do túnel, mas ainda estamos atrás de outros lugares do planeta.

A mesma coisa acontece com o Adplanner. A idéia é muito boa, mas ainda faltam funcionalidades que nos ajudariam muito mais. É frustrante para um usuário ver opções inativas com a mensagem “ainda não disponível para a sua região”. Bem, pelo menos esse problema não temos mais, pois agora as opções para segmentar por gênero e idade nem aparecem (no início eles estavam lá, mas não funcionavam).

Já o sonho do geotargeting parece mais concreto. Testei na época e a ferramenta já apresentava os dados segmentados por estados e até por cidades medianas. Mas outras opções ainda parecem sonhos distantes. Quando mudamos a configuração da conta e selecionamos Estados Unidos como audiência, podemos ver todas as funções habilitadas, inclusive as segmentações por gênero, idade, grau de instrução e renda familiar. Como fariam funcionar isso no Brasil?

No final das contas, os dados hoje apresentados ajudam um pouco no nosso trabalho, mas não são tão determinantes. Para acrescentar, não confio muito nos números apresentados, pois além de serem arredondados, há valores que me fazem desconfiar – especialmente de sites aos quais tenho acesso aos dados do Google Analytics -, mas enfim, não posso confirmar o de todos para saber até que ponto estão corretos.

Eu resumiria dizendo que o Google AdPlanner veio para somar, mas não é imprescindível. Fica a esperança de um dia contar com dados mais profundos e confiáveis e, a partir daí, saber exatamente onde estamos pisando quando planejamos uma campanha online no Brasil.