DevSecOps

13 dez, 2013

Startups querem “pau pra toda obra”

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Entre designers, só existe uma discussão que causa burburinho maior do que a regulamentação da profissão, e não tem a ver com o uso excessivo da fonte Helvética ou as recentes mudanças do iOS.

Trazer à tona o tema questionando se designers devem programar ou não é uma ótima maneira de ouvir as opiniões mais diversas. De um lado, irão dizer que programar é uma tarefa essencial – talvez até parte do processo de design. Outros dirão que fazer o designer programar é inapropriado e inclusive dilui o valor do seu trabalho.

Mas, como acontece em qualquer profissão, o empregador é que escolhe quais habilidades são importantes de se ter em sua empresa, e não o empregado. E quando se olha “ao redor” das startups do Vale do Silício, dá para perceber que designers que programam são exatamente aquilo que essas empresas mais estão procurando.

Designers nunca estiveram tão em alta em startups. Incontáveis empresas já fizeram sucesso justamente por se importarem com o trabalho desses profissionais. E exatamente por isso investidores e empreendedores agora têm a noção completa de quão importantes eles são.

E as startups, enxutas como tendem a ser, procuram por talentos que sejam proficientes em várias áreas. E com esse pensamento, faz mais sentido para elas contratar um designer que saiba programar (ou um programador que tenha boas noções de design), em vez de contratar dois funcionários para fazer o serviço que poderia ser feito por uma pessoa só.

Se você é um designer, não tem que saber programar. Se é programador, não precisa entender de design. E pode ficar à vontade para achar que esses dois perfis não se misturam.

Mas, na realidade, se você souber fazer as duas coisas, terá exatamente a coleção de habilidades que as startups procuram.

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Artigo publicado originalmente na Revista iMasters #8: http://issuu.com/imasters/docs/revista-imasters-8