DevSecOps

5 set, 2013

O Gorila, o supercapacitor e a reinvenção dos bancos

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Existe uma experiência chamada Teste de Atenção Seletiva (quem não conhece dê uma olhada aqui). Resumindo, é um teste para mostrar que, quando você está focado em algo, é capaz de não ver coisas que estão literalmente pulando na sua cara.

No teste, seis pessoas ficam trocando passes com bolas de basquete, e seu objetivo é contar quantos passes são feitos em 30 segundos de vídeo. Enquanto você está entretido em contar os passes, não é capaz de ver um Gorila que entra em cena.

Bom, já tirei toda a graça do teste, mas faça assim mesmo para ter uma noção da experiência.

O fato é que existem mais Gorilas por aí do que imaginamos.

Todas as profissões têm Gorilas, e basicamente todos os grandes inovadores são pessoas capazes de ver esses Gorilas antes de alguém contar que ele está lá.

Um pequeno, mas bem significativo exemplo: pensem em quanto milhares de dólares são gastos por ano para se obter baterias mais duráveis, mais “verdes”, menores e mais flexíveis. Há indústrias gigantescas buscando isso – Motorola/Google, Apple, Samsung, e muitas outras.

Até aí, tudo bem, nenhuma novidade, mas nesse mundo de tentativas, erros e acertos, surgiu algo realmente novo há poucos meses: uma menina indiana de 18 anos inventou uma maneira de recarregar a bateria em somente 20 segundos, usando um supercapacitor. Não viu nada sobre isso? Corre aqui.

Aí você deve estar se perguntando: mas como? E por que nenhuma dessas grandes empresas pensou nisso antes? Bom, pra saber como, leia alguma das milhares de matérias sobre o assunto.

E pra saber por quê, lembre-se do Gorila. Estavam todos olhando para o mesmo lado, ninguém pensando em como recarregar mais rápido, todos pensando em como fazer durar mais.

Essa menina de 18 anos acabou de mudar o mundo um pouquinho. Ela viabilizou a existência e a melhoria do carros elétricos, por exemplo, entre muitas outras coisas.

Lembra-me um pouco a história de um carinha que em 1905 trabalhava num escritório de patentes e, um dia, indo para o trabalho, olhou para a torre do relógio da cidade de Berna e mudou pra sempre o mundo, com a Teoria da Relatividade.

Exageros à parte, tanto Einstein quanto a menina de 18 anos viram o Gorila antes dos outros, foi só isso. Temos que treinar nosso cérebro para ver Gorilas.

Nesses anos, eu acho que descobri uma maneira de fazer isso: conversar. Quanto mais conversas se tem sobre o que vem por aí, mais se começa a pensar sobre isso e a achar os Gorilas.

Então, fica aqui uma proposta: foca no Gorila! : )

Antes de terminar, eu gostaria de colocar um Gorila na sala, ou melhor, no artigo:

Bancos

Quanto tempo você acha que a instituição Banco vai continuar do jeito que está? Qual o futuro do dinheiro? Moeda social? BitCoins?

Aqui há algumas propostas de Gorilas para o futuro dos bancos: