DevSecOps

30 abr, 2008

Identificando Projetos Problemáticos

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Para começarmos a falar sobre esse assunto, é mais do que importante entendermos o conceito de gerenciamento de projetos.

Segundo o Guide to the Project Management Body of Knowledge “o Gerenciamento de Projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades do projeto a fim de atender os requisitos do mesmo. Ele pode ser explicado melhor através dos processos que o compõem, que podem ser resumidos a cinco grupos de processos – Iniciação, Planejamento, Execução, Controle e Encerramento.”

Um profissional da área de gerência que possui bons conhecimentos tem a capacidade de imaginar um projeto do seu início ao fim, garantindo dessa forma que o projeto seja realizado com sucesso.

Porém, há alguns contratempos que surgem no meio do caminho que podem prejudicar o bom desempenho e, consequentemente, a finalização de um projeto. Portanto, é bom que o gerente possa ter uma visão dos sinais que indicam se um projeto está caminhando para o sucesso ou não.

Superficialmente, há três grandes sinais vitais de um projeto a serem monitorados pelos gerentes: prazo, orçamento e escopo.

Com toda certeza, se um desses três itens apresentar problemas, o projeto corre o grande risco de se tornar um fracasso, de forma que gerenciar de maneira plena o desenvolvimento significa medir tais fatores e identificar problemas e riscos antes que possam comprometer qualquer um deles.

Além disso, os gerentes precisam estar atentos às mudanças de estratégia e cultura da empresa e por sua vez avaliar se essas mudanças podem causar algum impacto em suas decisões. Por exemplo, enquanto um projeto é desenvolvido, uma corporação pode adquirir concorrentes, desenvolver e lançar novos produtos, se reestruturar fisicamente ou sofrer uma mudança no quadro de funcionários.

Todos esses fatores tendem a ter efeitos nos objetivos de um projeto.

Quando um desses problemas ocorre, a solução imediata e costumeiramente executada é partir para a mudança em uma das variáveis citadas acima, talvez estendendo os prazos de entrega do projeto ou solicitando um valor adicional para o custo de execução do mesmo.

E o que vou dizer agora é fato: o que na maioria das vezes sufocam os projetos são os prazos curtos para execução ou o orçamento apertado.

Segundo João Gama Neto, vice-presidente da unidade de São Paulo do PMI (Project Management Institute), organização internacional que reúne as melhores práticas de gestão de projetos, “a solução mais usual é reduzir o escopo do projeto e tentar seguir em frente”.

Essa tática baseia-se na idéia de que apenas uma parte das funcionalidades é realmente importante, ou seja, diluí-se a quantidade de demanda atendida para poder cumprir o prazo e baratear os custos.

É claro que não existe a fórmula garantida para identificar problemas que possam surgir no decorrer de um projeto.

O que na verdade existe é uma gama de sinais, menos objetivos e mais intuitivos, que podem revelar tais problemas, caso realmente existam.

Afinal, nessa área, o que vale é a experiência e a sensibilidade do líder, ou gerente.

A cada projeto mudam os pontos de atrito, tanto tecnicamente como interpessoalmente.

Durante o desenvolvimento, cada decisão gera diferentes reações nos diversos envolvidos.

Um bom gerente de projeto consegue lidar igualmente com os envolvidos no projeto, controlando os “nervos” dos profissionais, mantendo a motivação e garantindo a transparência das pessoas.

Agindo dessa forma o reconhecimento dos pontos negativos durante o desenvolvimento do projeto se torna eficiente para que o gerente possa corrigir problemas que talvez possam levar ao fracasso de um projeto.

Por último, tenham sempre em mente que não basta o profissional responsável pelo gerenciamento ser um gênio técnico ou possuir todas as certificações possíveis. Ele precisa saber lidar com pressões e problemas que venham a surgir no decorrer do ciclo de um projeto. Se você está passando por problemas em um projeto tenha a certeza de que não é o primeiro e nem será o último, o que vale é a competência e o “jogo de cintura”.