DevSecOps

11 mar, 2015

4 dicas importantes para implementar uma rede VoIP

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Projetos de implantação de rede VoIP, além de garantir economia nas contas das empresas por diminuir os gastos com telefonia, ganham cada vez mais força por conta da versatilidade e integração com a rede IP; todavia, para que se tenha uma rede VoIP de qualidade é preciso seguir algumas dicas conforme abaixo:

  • Rede MPLS – Se você possui uma empresa e deseja garantir a melhor qualidade de voz e funcionalidade perfeita de sua rede VoIP, contrate uma rede MPLS para a sua empresa. Lembre-se de que não é possível aplicar QoS na rede Internet, portanto, a única forma de garantir a qualidade da voz fim-a-fim usando uma rede IP é através de uma rede MPLS. As principais operadoras (Embratel, Oi, Telefônica/VIVO e GVT possuem esta rede em seu portfólio);
  • Protocolo de voz – O protocolo a ser escolhido depende, principalmente, da interoperabilidade da sua rede. Os principais protocolos são:
    • H.323 – É uma recomendação do ITU-T, que define padrões para comunicação multimídia através de redes que não oferecem Qualidade de Serviço (QoS) garantida, como é o caso das redes do tipo LAN, IP e Internet.
    • SIP – O protocolo SIP, definido através da recomendação RFC 2543 do IETF, estabelece o padrão de sinalização e controle para chamadas entre terminais que não utilizam o padrão H.323, e possui os seus próprios mecanismos de segurança e confiabilidade. Atualmente é o protocolo mais usado no mundo.
    • MGCP – Trata-se de um protocolo proposto pelo grupo de trabalho IETF (Internet Engineer Task Force) para integração da arquitetura SS#7 em redes VoIP. Embora o SS#7 se encontre presente na telefonia tradicional, o MGCP trabalha com a rede IP e com outras redes mais antigas como Frame Relay e ATM.
    • I-AX – AX é um acrônimo para Inter Asterisk eXchange, protocolo usado pelo Asterisk VoIP PBX alternativo ao SIP, H.323, para conectar a outros dispositivos que suportam IAX (uma lista limitada no momento, mas com rápido crescimento). Atualmente está na versão 2. O Asterisk suporta tanto o IAX quanto o IAX 2.
  • Codec de voz – o codec de voz que você escolherá depende, basicamente do nível de qualidade que você deseja possuir, bem como se deseja utilizar o canal de voz para transferir dados, como o fax. São eles:
    • G.711 – Possui uma qualidade excelente, utiliza em média 64 kb/s de banda e não sofre compressão. É a opção utilizada para utilização de fax ou conexão discada.
    • G.723 – Possui uma boa qualidade, utiliza em média 32 kb/s de banda e sofre compressão.
    • G.729 – A qualidade de voz desse codec depende bastante do QoS aplicado, utiliza em média 16 kb/s e sofre compressão. É um dos codecs preferidos pelo baixo consumo de banda.
  • QoS – Uma rede voip sem aplicação de QoS, não terá uma qualidade igual à telefonia convencional. Alguns critérios levados em conta para se aplicar QoS numa rede VoIP:
    • Atraso – O recomendado é que a latência máxima para o tráfego de pacotes VoIP seja de no máximo 300 ms;
    • Jitter – Trata-se da diferença de atraso entre os pacotes de VoIP. Quando você tem uma latência alta num link que passa VoIP, você perceberá um delay durante uma conversa, todavia a comunicação será perfeitamente audível, contudo, quando temos problemas de jitter numa comunicação VoIP, o som torna-se inaldível, pois os pacotes de VoIP chegaram embaralhados;
    • Fragmentação – a fragmentação tem como objetivo dividir os pacotes de voz em tamanhos menores pois isso fará com que os pacotes sejam tráfegados com maior rapidez através das redes.
    • Priorização – A priorização do tráfego VoIP é fundamental! Todos os itens acima citados são resolvidos quando aplicamos a priorização correta em uma rede MPLS, por exemplo. Por padrão, a marcação do tráfego de voz sobre IP é o “EF – Expedited Forwarding” que simplesmente é a classe mais importante do DSCP;
  • Regras de QoS das operadoras – Quando você contrata uma rede MPLS com uma operadora e optar por utilizar QoS na mesma tem que ficar atento às seguintes regras gerais:
    • A banda reservada para tráfego de dados real-time (voz é vídeo) não podem ser superiores à 50% da banda total do link. Ou seja, se no seu projeto de rede VoIP você identifica que utilizará 1 Mb/s, você terá que contratar um link de, pelo menos, 2 Mb/s;
    • Os dados de voz são marcados como EF, todavia, os dados de sinalização do VoIP (RTP por exemplo) são marcados como CSx;
    • A banda calculada para cada canal de voz deve ser igual à banda nominal do codec utilizado mais um overhead de 20% para sinalização, no caso do g.711, por exemplo, apesar de possuir uma demanda de 64 kb/s, seria necessário reservar pelo menos 78 kb/s por canal;