As interfaces gráficas, nos dias atuais, estão utilizando em demasia as metáforas para tornar a assimilação ainda mais fácil. Percebe-se que esta saída tornou-se praticamente um padrão nas interfaces das páginas de internet, nas telas de jogos interativos e até em quiosques de shoppings. Metáfora, segundo dicionário Aurélio, é
o topo que consiste na transferência de uma palavra para um âmbito semântico que não é o do objeto que ela designa e que se fundamenta numa relação de semelhança sub entendida entre o sentido próprio e o figurado.
Mas o que é metáfora em interface? A resposta é simples e objetiva: é todo elemento gráfico, correspondente ao mundo real, que possui ações ou hiperlinks para outras telas ou páginas. Simples como sua definição, a metáfora em interfaces gráficas vem se tornando um ponto importante para a usabilidade e o design elegante de telas.
Antes de nos aprofundarmos neste contexto, é interessante traçarmos um paralelo entre o passado e o presente. O uso de símbolos gráficos já se destacava em vários campos obscuros: placas de trânsito, pontos de ônibus, elevadores, entre outros. Desta forma, o avanço para a utilização em ambientes tecnológicos cresceu ainda mais com o passar do tempo.
Encontramos certas facilidades com o uso das metáforas nos programas de escritório, como o Word da Microsoft. Ícones como o da impressora, lupa, disquete e tabela, são óbvios e se tornaram padrões no ambiente de trabalho desse software e sempre permanecem nos mesmos lugares nas novas versões. Os sistemas operacionais também dispõem em larga escala de metáforas que simulam a exclusão de documentos (lixeira), engrenagens (configurações), terminais interligados (locais de rede), computador (meu computador), arquivo em máquina de compressão (winzip), entre outros.
Em sua dissertação para obtenção do título de Mestre em Engenharia de Produção (http://www.eps.ufsc.br/disserta96/tei/index/index.htm), Tei Peixoto Hiratsuka abrange dois tipos de metáforas de interfaces: de familiarização e de transporte. A primeira é aquela que corresponde ao uso de objetos gráficos que facilitam o aprendizado de um programa por usuários novatos (Heckel, 1991). A segunda fornece uma estrutura para a qual o usuário pode transportar diferentes tipos de problemas ao seu campo de ação (Heckel, 1991).
Senhores, não é somente nas telas de computador que as metáforas se destacam. Elas também estão presentes nos aparelhos de TV em seus menus de configuração, em seus botões do controle remoto, em suas entradas de áudio e vídeo. Os ícones estão presentes também nos aparelhos de ar condicionado, no microondas, na máquina de lavar, eletrodomésticos, em toda parte da área de serviço da nossa casa.
O uso desses símbolos é um grande avanço do design de interfaces, que busca nas metáforas a solução para vários tipos de problemas de usabilidade com o usuário. Incrível será o dia em que passaremos transferir as metáforas de interfaces para o nosso dia a dia. Imaginemos nos comunicando através de metáforas, de símbolos gráficos que dizem o que realmente estamos sentindo! Contanto que não tenhamos que esquecer nossas letrinhas, para mim não tem problema!
Até a próxima!