A maioria da população enxerga a interatividade apenas como uma ação de enviar mensagens e receber respostas. Sim, é verdade que para existir a tal interatividade é preciso que existam dois agentes: um que exprime uma posição, e outro que o escuta e concorda, favoravelmente ou não, com essa posição.
Acredito que essa tal “interatividade” também dependa de nossas emoções e de nossas reações. Sim! Acredito, fielmente, que posso interagir com um animal, com uma planta ou até com uma porta, se possível. Para que isso aconteça, basta que sejamos abertos e acreditemos que somos regidos pelas nossas emoções, ou seja, ao conversarmos com uma flor, temos a sensação de que estamos realmente sendo compreendidos.
A interatividade está ligada aos nossos sentimentos e, nos dias atuais, ela vem sendo amplamente difundida nos meios computacionais diretamente ligados a nós. Desde em um simples caixa eletrônico bancário até nas cabines de jogos, a interação ocorre cada vez mais evidente, com novos “truques” que prendem a atenção dos seus usuários/clientes. E são esses truques que estão nos levando a consumir tais produtos, fortalecendo várias empresas desenvolvedoras desses materiais.
Hoje, quase tudo envolve tecnologia. Deixamos de lado o tempo que perdíamos em filas de banco. Deixamos de lado a inércia de jogos bucólicos. Deixamos as cartas escritas à mão e passamos a exaltar os programas de mensagens eletrônicas, com diálogos e imagens em tempo real. É meu amigo! Estamos completamente entranhados com a interatividade computacional. Agora, ela faz parte da nossa essência.
Existem aqueles resistentes que não admitem, de forma alguma, serem manipulados pela interatividade computacional. Porém, querem eles ou não, estão se inserindo, sem querer, neste contexto. É impossível negar que a maioria desses “resistentes” nunca fez transações em caixas eletrônicos, nunca responderam enquetes on-line, nunca mandaram e-mails, nunca mandaram torpedo pelo aparelho celular.
Alguns até acham que a influência da computação em nossa forma de interagir é uma questão negativa, pois estamos tendo pouco contato interpessoal e crianças estão tendo os produtos tecnológicos como seus melhores amigos. Mas, por outro lado, com as adversidades do dia a dia, a população carece de mais atenção na área tecnológica que a leve interagir muito mais com o mundo.
Até na área de ensino a interatividade computacional está presente. Um dos diversos exemplos é o Projeto NEAC (Núcleo de Ensino Assistido por Computador – RJ) do Exército Brasileiro. O NEAC é apenas um dos vértices desta Instituição que vem desenvolvendo projetos em multimídia voltados para as instruções realizadas em suas diversas Organizações Militares. Tais instruções são cuidadosamente elaboradas pelos seus responsáveis e, após a construção de toda a estrutura visual, o projeto entra em produção com a inserção de vídeos, fotos, textos, narrações e animações.
Bom, é correto que necessitamos de tais meios tecnológicos, mesmo por que, tudo é movido pela eletrônica. Eu só espero que, futuramente, eu não tenha um cachorrinho que, para ele dormir, eu tenha que tirá-lo da tomada.