Desenvolver softwares que sejam escaláveis e reutilizáveis é o que sempre procuramos atingir quando estamos a frente de tal tarefa.
A necessidade de o software estar conectado e interligado a outros softwares, e a diversos dispositivos que se comunicam através da Internet, é uma realidade, e deve ser levada em consideração na tomada de decisão sobre qual arquitetura de software adotar.
Tendo em vista as necessidades atuais de comunicação e interligação de softwares, podemos observar e considerar alguns pontos favoráveis da arquitetura orientada a serviços SOA (Service-Oriented Architecture).
Tal arquitetura, quando aplicada, pode prover ganhos excelentes que se aplicam tanto a softwares legados quanto aos novos que estão sendo criados. A forma de se oferecer cada software, ou pequena parte dele, como serviço é capaz de agregar uma alta escalabilidade, que é derivada do fraco acoplamento ao domínio principal que esse corresponde.
Um ponto interessante a se observar nessa arquitetura, e que é capaz de prover grande qualidade aos produtos que aplicam ela, está no fato de ser possível combinar elementos de software distintos, muitas vezes escritos em outras linguagens e em outra plataformas. Tais combinações de softwares distintos se dão por características do próprio paradigma arquitetural orientado a serviços, pois softwares que adotam tal forma trocam mensagens por um meio de comunicação comum, usando um formato que seja comum para ambas linguagens e plataformas. Uma grande vantagem está na construção de novas soluções combinando serviços já existentes, e a preocupação maior passa a ser como realizar sua integração e como oferecer essa nova combinação de serviços como um novo serviço, para que se tenha aqui outro benefício de tal arquitetura – a reusabilidade dos serviços.
Levando em conta que o tempo de integração com um serviço seja menor que o tempo de construção de um novo serviço do zero, o tempo se torna melhor aproveitável para refinar o entendimento do requisito e a necessidade que se está a resolver com as novas integrações, permitindo fazê-las da melhor maneira possível.
Projetar o software tendo-o como um conjunto de pequenos serviços que podem ser combinados e oferecidos formando um novo serviço é fundamental, pois as empresas querem se comunicar com seus clientes e fornecedores, e elas precisam se comunicar entre os diferentes setores, precisam ter um meio sólido de acesso às informações. Construindo aplicações como serviços, tais integrações, entre setores, clientes e dispositivos, se tornam mais naturais – podemos ainda considerar um ganho nas formas de como gerar novas informações. Veja, combinar serviços de softwares distintos para se construir um novo leva a novas maneiras de se obter novas informações usando serviços já existentes, podendo abrir os mais diferentes caminhos para as empresas e clientes com essas novas informações.
O mundo vive conectado, isso faz com que possamos considerar os benefícios trazidos por essa arquitetura na construção de software. A interoperabilidade que é fornecida, a separação das responsabilidades que acontece e o baixo acoplamento que traz a reusabilidade do serviço, permitindo a capacidade de recombinar todos esses elementos de maneiras diferentes gerando novos serviços, tornam o desenvolvimento de software algo fantástico, limitado somente à imaginação de quem o faz.