Na empresa em que trabalho há um programa de desenvolvimento muito bacana, chamado Formação de Talentos, onde são selecionados estagiários que farão parte da empresa e passarão por um treinamento a fim de obter os conhecimentos técnicos necessários para construir uma carreira promissora na tecnologia. Gosto muito desse programa e já participei dele, vendo grande valor em todo o processo.
O que me deixou muito feliz é que, após ter participado dele, fui chamada para ministrar um curso de programação com C# iniciante! Fiquei muito feliz em poder retribuir o que aprendi e procurei montar um conteúdo bem bacana e didático para o pessoal que está fazendo parte disso – e me deram a sugestão de compartilhar o conteúdo para outras pessoas também poderem aprender.
Então, vamos lá!
Uma das linguagens mais presentes no mercado hoje, é o C#. Um dos motivos que garantem essa presença tão forte é a aprendizagem fácil e a derivação de outra linguagem, C++, possuindo grande semelhança com a linguagem Java e permitindo fácil adaptação de desenvolvedores que trabalham com vertentes diferentes.
Mas antes de entrar nesse mérito, é importante entendermos como o computador entende nosso código para executá-lo.
O sistema operacional apenas entende em binário, onde tudo é composto por 0 e 1. Para conseguirmos nos comunicar com a máquina e ela reproduzir o que desenvolvemos, é necessário que haja uma tradução no meio desse caminho e um fluxo seja seguido, conforme abaixo:

Essa transição é feita de forma tão dinâmica que chega a ficar invisível aos olhos de muitos programadores.
O Visual Studio
O Visual Studio é o ambiente utilizado para desenvolver código em C# e em outras diversas linguagens, oferecendo suporte para o desenvolvimento de aplicações desktop e web, lançado em 1997 pela Microsoft.

Server Explorer: onde são feitas as conexões com bases de dados e servidores Cloud, como Azure. Para se conectar a uma base de dados, você pode clicar com o botão direito em “Data Connections” > “Add Connection” > selecionar a conexão de sua preferência (no meu caso conectarei numa base SQL Server) > preencher as configurações solicitadas.



Team Explorer: ele é responsável por gerenciar o trabalho e as tarefas designadas a você e ao seu time. Aqui você pode ver quais são as alterações que você efetuou no código e dar Check-In – em “Pending Changes”, fazendo com que outros desenvolvedores tenham acesso às suas alterações e todo o time tenha o código atualizado.

Solution Explorer: onde você tem acesso ao código da sua solução e todo o conjunto de classes e métodos do que está construindo.

Source Control Explorer: aqui ficam as informações de versionamento do projeto. Isso inclui informações e alterações efetuadas pelo time e a possibilidade de efetuar branch e merge, controlando as versões do projeto.

Voltando para o C#: esta linguagem é orientada a objetos e é fortemente tipada.
A respeito de orientação a objetos, teremos um artigo que abordará isso com mais detalhes.
Tipagem forte
Quando é dito que uma linguagem tem tipagem forte, significa que após atribuirmos um tipo àquela variável, ela não poderá ter seu tipo alterado, como pode ser visto no exemplo a seguir:
Pressionei F12 no browser, e é aberto o Developer Tools – ferramentas muito utilizadas por desenvolvedores para efetuar debug de código e manipulação de elementos HTML.
Na imagem, é visto um exemplo de tipagem fraca utilizando Javascript. Note que na mesma variável atribui um número inteiro, um texto e um número com casas decimais.

Se tentamos fazer isso no C#, encontramos problemas!


Não podemos atribuir um texto ou um número com casas decimais em uma variável que, inicialmente, possui o tipo inteiro e recebeu um tipo inteiro. O Visual Studio – IDE (Ambiente de Desenvolvimento Integrado) que utilizamos para desenvolver código em C# – já alerta na hora o erro, informando que há problemas de compilação. Isso caracteriza a tipagem forte.
É interessante ressaltar que é possível utilizar a palavra var na declaração de variáveis, ao invés de escrever o tipo da variável.
Se estou passando um valor inteiro para uma variável do tipo inteira, que não pode mudar seu valor, então por que escrever int no início da linha?
![]()
Se eu for passar o valor para a variável logo em seguida à sua declaração (para que o compilador saiba com que tipo de variável irei trabalhar), podemos fazer o uso da palavra var, que permite a tipagem implícita da variável.
![]()
Agora, se eu não informar o valor que a variável possuirá, a aplicação não irá compilar, afirmando que a variável precisa ser inicializada com algum valor.

Na próxima aula falaremos sobre tipos de dados no C# e Estruturas de Controle.
Obrigada!



