O evento da Locaweb deste ano teve muitos conteúdos sobre Marketing Digital, Empreendedorismo, Internet das Coisas e Machine Learning.
Em duas palestras que participei, sendo uma conteúdo e a outra sobre tecnologia, foi mencionado em ambas o caso de Mark Zuckerberg, referente ao vazamento de dados do Facebook.
Na palestra de Cristiane de Luca, ela mencionou sobre o depoimento de Mark Zuckerberg no senado, nos Estados Unidos, e falou ainda sobre o projeto de lei que começou a tramitar no congresso americano chamado “ato de consentimento”, que tem o intuito de que exista o consentimento expresso do usuário, sendo crucial para o uso de dados.
A segunda palestra que citou também o fato de Mark Zuckerberg e o escândalo do Facebook, foi comentado pelo palestrante Ricardo Cappra, que explicou sobre a questão dos dados e o tamanho de dados que todos nós estamos gerando. Estes diversos dados sobre vários assuntos, gostos e interesses que se tornam o Big Data.
A palestra do co-fundador do Waze, Uri Levine
Uri Levine contou sua incrível experiência na criação das ideias, em como surgiu, nos diversos “nãos” que recebeu durante o processo de desenvolvimento do aplicativo, além de dicas que nos fazem refletir sobre em como empreender.
Uma das frases mencionadas pelo empresário e empreendedor que marcou, foi:
“Se apaixone pelo problema e não pela solução”.
Com as seguintes palavras, Uri Levine motivou e inspirou a trabalhar e empreender: “nós tentamos mudar o mundo, e tudo começa com um problema: a paixão ou ódio pelo problema. Querer encontrar a solução para este problema te faz estar disposto a sacrificar tudo na sua vida. Uma montanha russa cheia de altos e baixos, sendo que uma startup é muito mais intensa neste sentimento”.
“Se você nem tentou, você já fracassou”
Quando você fracassa, você está dando mais um passo para o seu sucesso – os erros ajudam a melhorar. O mercado hoje busca pessoas que fracassam, que se arriscam, que estão dispostos a falhar e seguir em frente.
DNA do negócio
O primeiro ano é o mais importante, é onde se consolida o DNA do seu negócio, tudo o que você faz no primeiro ano será o que ficará por décadas.
Brinde por cada passo!
A jornada deve ser comemorada! Tudo: o primeiro funcionário, a quantidade de acessos de usuários e até se outras pessoas e/ou empresas tentar afundar o seu negócio deve ser comemorado. A elaboração de um plano de decisão para sair desta situação deve ser, sim, realizada. Porém, devemos lembrar que se estamos incomodando, quer dizer que estamos tendo sucesso em nossos negócios.
Para empreender, tenha estes passos e perguntas como chave do sucesso:
- Pense no problema.
- Quem tem este problema?
- Qual a percepção do seu target neste problema?
- Quantas pessoas tem este mesmo problema? Seriam 2, 50, 100?
- Fale com pessoas diferentes, não com pessoas do mesmo ciclo social, que seja seu nicho, porém, que não estejam interligadas num mesmo espaço.
- Se pensar numa solução, isso com certeza irá incomodar muita gente. Saiba lidar com isso.
- Lance imediatamente o produto. Se não colocar o produto no mercado, você não aprenderá nada. Lembre-se: o produto começa a existir e a ser produto quando você lança ele, de fato.
- Defina o DNA que você quer para a sua empresa: quais valores, objetivos e missão que deseja seguir e ter como essência.
- Se apaixone pelo problema e não pela solução. Pense: este é o problema que eu quero resolver. Se por algum motivo uma varinha mágica aparecer e resolver o problema, acabou a jornada.
- Foco! Encontre o objetivo e foque em uma coisa só. Não queira fazer muitas coisas ao mesmo tempo, foque em um determinado problema que deseja resolver e ponto.
- Gestão de egos! Saiba gerenciar os egos e tomar decisões difíceis, se necessário. Se por algum motivo uma pessoa não se encaixar no time, uma decisão tem que ser tomada e se isso não acontecer as pessoas engajadas, certas, poderão sair. Este é um erro que poderá afundar a sua empresa.
- Esteja aberto a mudanças. O mercado não muda, o que muda é o comportamento dos usuários.
A trajetória do WAZE: a mágica do WAZE são os usuários!
Uri Levine teve a ideia em 2007. Ele contou sua história com bom humor e otimismo: “Tudo começou na época que não existia smartphones. Utilizamos PDA (Personal Digital Assistant). No início foram ouvidos muitos ‘nãos’.”
Em 2008 o projeto começou a ser desenvolvido e somente em 2009 que o Waze foi lançado. Mesmo com várias tentativas e pessoas que falavam que não ia dar certo, Uri Levine tampouco se preocupava. Estava apaixonado pela ideia: “mesmo que a ideia não esteja evoluindo, você não quer mudar de direção, e se você mudar toda hora, você anda em círculos e não sai do lugar”.
Em 2013, a Google procurou o Waze para comprar e Uri falou “sim”, pois sabia que a Google não mudaria a essência do que foi criado no Waze.
Startups de Uri Levine
Uri deixou a empresa no dia seguinte e começou a criar suas startups:
- Criou o moovit: parecido com o WAZE, mas para os transportes públicos
- Feex: que resolve problemas de serviços financeiros
- Roomer: um marketing place para hotéis. Imagine que você precisou mudar o planejamento da sua viagem e precisa mudar a sua reserva, o Roomer, te ajuda a resolver isso
- Engie: resolve o problema das frustrações que pode passar para ter que ir num mecânico.
- Fairfly: este produto mostra os segredos da aviação, monitora os preços e te ajuda a definir qual o melhor momento para fazer a sua reserva.
- See Tree: usa drones que vão voar em cima da plantação e irá monitorar – árvore por árvore – em tempo real, e mostrará tudo o que está acontecendo. Este produto irá chegar no Brasil no mês de maio.
O caminho para conseguir ter sucesso em suas startups é falhar. Você não aprende com suas conquistas, mas com os seus erros. Então não tenha medo de falhar e tentar outra vez. Grandes empresas crescem se reinventando.
Palestra de Bob Wollheim
Crie pequenas fogueiras. Se você estiver em sua corporação um monte de fires, isso significa que sua empresa testa muito. E quanto mais fires (fogos, falhas), você conseguirá aprender e crescer mais rápido.
Frases de impacto em sua palestra:
- “Inove em caixinhas de areia”.
- Explique de forma simples como funcionam as coisas. Seja o tradutor e não o destruidor.
- Faça com que a solução se torne uma causa.
- Trilha de inovação: leve às pessoas que sua jornada seja a jornada de todos. Transforme a trilha dos outros em sua trilha. Muito melhor que você seja a bússola do que o motorista do ônibus.
As grandes empresas nunca estiveram tão desafiadas como hoje. A velocidade aumentou muito, e muitos ciclos não conseguiram continuar. Por isso é necessário ser audacioso, tentar, fazer testes e não ter medo de arriscar.
Palestra de Fábio Prado
Nesta palestra, Fábio Prado deu algumas dicas de como trabalhar campanhas no Facebook.
Primeiros passos:
- Conheça o seu público-alvo.
- Utilize o mapa da empatia (Fábio.ly/locaweb) para conhecer o seu target.
- Trace métricas de medição de sucesso.
Busque informações do seu público, crie uma segmentação no Facebook para conhecer melhor o seu target.
Pense
- Se o objetivo é vender, não se deve ter métricas por envolvimento. Crie métricas para ver o alcance e não quantas curtidas ou compartilhamentos.”
- Se o objetivo é de exposição, então, no caso não deve gerar vendas – não nesta campanha. Sabendo disso, como está a segmentação e visualização da campanha?
- Se o objetivo é visualizações por vídeo, a campanha tem outro caminho, outro foco. Por exemplo: fazer uma segmentação nativa.
- Trabalhe seu público personalizado de envolvimento. Por exemplo: só vou mostrar o anúncio A para quem assistiu o anúncio B, e lembre-se; para saber se teve visualização, o tempo médio é de 15 segundos sem anúncio.
Para criar anúncios no Facebook é necessário ter um planejamento, fazer análises e pesquisas, pensar em seus objetivos e então, só depois, dar o primeiro passo para a criação da campanha.
Palestra de Marcos Castro
Marcos Castro contou que, para gerar conteúdo, foi utilizado sua própria assinatura, e não só a sua realidade, mas a realidade de outros. No caso dele, foi usado o humor, a música e a matemática.
Dica!
Frase de impacto: “Seja mais sensível no que você faz bem. Só o fato de estar aberto a isso, você conseguirá pensar e criar novas ideias”.
Permita-se testar e estar preparado para testar. Exemplo: se você tem uma equipe disponível apenas para aquele dia, e para experimentar um novo projeto, é necessário explicar isso ao público, por exemplo: galera, este mês esses vídeos serão um grande laboratório. Por isso, os vídeos não terão a mesma qualidade que estão acostumados a ver.
Tenha consistência até o público entender. A sua ideia você entende 100%, mas demora um pouco para outros enxergarem o seu verdadeiro objetivo.
Sozinho você não aprende nada.
Mindset: lembre-se, você não chega em lugar nenhum sozinho, é necessário falar, conversar com as pessoas e pegar feedback.
“Tenha pessoas com você. Se não tiver pessoas que estejam trabalhando ao seu lado, pelo menos pessoas que te ajudem a dar uma oxigenada e ver as coisas diferentes.”
Palestra de Jomar Silva
Na palestra de Jomar Silva, foi apresentado o projeto de Inteligência Artificial Face Access Control Solution, este projeto open source reconhece o usuário através de uma câmara de vídeo, identifica o id, vê se o usuário tem permissão ou não, e dessa forma cria um monte de possibilidades, como criar um alarme se o usuário não for identificado.
Jomar Silva falou sobre a Intel AI Academy, que são cursos tecnológicos da Intel para ensinar a desenvolver Internet das Coisas.
Ferramenta gratuita VTune Amplifier
Outra ferramenta da Intel que ajuda no desempenho do seu código. Desde o início que começou a rodar o código, esta ferramenta vai mostrando em todos os lugares que passou, além de identar o seu código.
Palestra de Ricardo Cappra
Na palestra de Ricardo Cappra foi falado sobre ciência de dados e Internet das Coisas.
Para segmentar seu público através dos dados que eles geram, é necessário pegar todos os tipos de dados, independente se é fora do segmento ou não, pois a partir destes dados que é feita a relação.
O que a ciência de dados faz?
A ciência de dados diminui a quantidade de informação que o indivíduo recebe, e ainda assim o usuário é quem determina o que irá consumir.
As informações são relacionadas para cada usuário, baseado nas escolhas e acessos que ele consome. A neurolinguística, através de estudo do cérebro, mostra a limitação que temos em processar tanta informação. Não limitação de armazenamento, mas sim, de processamento. Por isso, a importância de se reduzir a informação baseada nas escolhas e acessos que o usuário consome.
Como fazemos a ciência de dados?
Passando pelos dados do usuário, entendendo suas necessidades, e através disso, com o processo automatizado que é disponibilizado a informação em foco.
Imagina tantos dados que nós criamos, quando todos estes dados são aumentados e diversificados, são estes dados que se tornam um big data.
Palestra de Marta Gabriel
A inteligência artificial cria medos aos usuários. Medo da velocidade, da falta de emprego e da mudança de comportamento. Por outro lado, a Inteligência Artificial, cria a automatização, e com isso o aumento de produtividade, e dessa forma você consegue sentir o ‘poder’.
Alan Turing foi pioneiro na Inteligência Artificial. Ele dizia: comece do começo e somente quando achar o fim, você para.
Através de Turing que foi criado o jogo da imitação chamado teste de turing. Era tão difícil de conseguir saber o que é ser inteligente, que este teste definia que o que a pessoa tinha de “turing” representava o quanto inteligente ela era.
A gente não consegue enxergar o que vai acontecer. Não conseguimos ver muito para frente, mas conseguimos saber o que precisa ser feito neste momento para dar o próximo passo.
Inteligência Humana X Inteligência Artificial
Nosso cérebro trabalha com memória e processamento e a Inteligência Artificial precisa de dados e processamento.
A programação limita a mente e limita a fisiologia do cérebro.
Hoje a inteligência artificial ganha no xadrez e pode ganhar em vários sentidos do humano, porém, como fazer para não perder seu espaço para um robô? Simples: não seja um robô.
O sistema computacional pode fazer várias coisas, porém, ele não dirige, e não faz várias coisas ao mesmo tempo. Existem muitos sistemas bastante avançados, mas que fazem uma coisa por vez. O ser humano por sua vez, consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo, então o que nos diferencia de um robô é que o ser humano pensa, sente, tem empatia, tem ética e serão todos estes aspectos que farão o humano ser diferente e se destacar de um robô.
A inteligência artificial não é um vilão para os humanos
Atualmente existem estudos sobre as redes neurais. Mas por que falamos disso nos dias atuais? Porque hoje temos máquinas preparadas para trabalhar com as redes neurais.
Machine learning
O Machine learning nada mais é que um aprendizado de máquinas, e como um aprendizado, é necessário ter dados. Hoje conseguimos treinar as máquinas, pois nos dias atuais temos muitos dados.
O que dá para fazer com ML?
Tradução em tempo real via ChatBot, porém, tem que ter cuidado para ensiná-lo corretamente.
Alguns robôs nos dias atuais:
Com as novas espécies de robôs é possível criar novos genes. Imagine você conseguir mudar o seus próprios genes.
O governo europeu está exigindo que a empresa que trabalha com Inteligência Artificial explique como o sistema chegou naquela decisão.
Para estar neste mercado digital, mesmo que não sejam programadores, é necessário entender o que é API, para criar uma conexão de modelo de negócio.
Gartner
Em um estudo da Gartner, o novo campo de batalha é a experiência do consumidor.
O que posso dizer do encontro da Locaweb deste ano?
Este ano o encontro da Locaweb foi repleto de muitos aprendizados, curiosidades e dicas fantásticas sobre liderança, empreendedorismo, startups e como ter sucesso em seus negócios. Me siga no Twitter e saiba mais como foi este dia!