Desenvolvimento

11 dez, 2014

Cinco inovações que aumentarão ainda mais a influência da tecnologia em nossas vidas

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A evolução tecnológica dos aparelhos que usamos todos os dias acontece em um ritmo impressionante. Novos gadgets, ou novas versões dos que já conhecemos, estão disponíveis todos os meses no mercado. Menores, mais possantes e mais inteligentes. E assim aparelhos eletrônicos vão se infiltrando em todos os detalhes das nossas vidas.

Hoje não basta apenas ter um smartphone no bolso. A tecnologia agora é de vestir. Aparelhos indistinguíveis dos nossos itens já tradicionais de vestuário são uma grande tendência para os próximos anos.

Conheça abaixo cinco inovações muito legais que, certamente, mudarão a maneira como nos comunicamos, exercitamos e até como dormimos. Confira:

Óculos Inteligentes (Smart Glasses)

Google Glass

Quando falamos de óculos inteligentes, a primeira coisa em que pensamos é o lançamento da gigante norte-americana Google. Nascido com a promessa de reinventar a maneira como interagimos com o ambiente, a tecnologia permite que os usuários façam vídeos, fotos, utilizem os mapas do Google com comandos de voz. O feedback do aparelho para o usuário é feito em um pequeno display que “flutua” na visão do usuário.

Se a descrição parece boa demais para ser verdade, é porque talvez seja mesmo. Apesar de ser uma prova de conceito incrível, o Glass dá sinais de que não tem força ou amadurecimento para conquistar o mercado consumidor. Além da demora para chegar, o modelo na prática não é tão confortável ou ágil como esperado nas demonstrações. Será que uma próxima iteração resolve esses problemas?

Atheer One

Os óculos inteligentes que prometem desbancar a Google. Focado em interatividade, o projeto arrecadou mais de US$ 210 mil em um site de financiamento coletivo. Ao contrário do Google Glass, que se limita aos comandos de voz, o Atheer abusa da realidade aumentada e responde a gestos do usuário, que interage muito mais ativamente no ambiente.

Além desses relógios, marcas novas como a Vuzix e a uma velha conhecida do mercado dos óculos e relógios tradicionais, a Oakley, já se movimentam no sentido de disputar esse mercado.

Relógios Inteligentes (Smart Watches)

Apesar de ter sido uma das últimas a entrar nesse mercado, a Apple causou estardalhaço com o lançamento do seu Apple Watch. O aparelho ainda não se provou no teste mais duro – o de mercado -, mas a promessa de um companheiro inteligente para o pulso, conectado no iPhone e interagindo com todo o ecossistema Apple deixa os tecno-maníacos de cabelos em pé!

O mercado potencial é gigantesco e seus concorrentes ainda detêm parcelas pequenas dele, cada um buscando uma abordagem única para descobrir qual solução conquistará o público.

A Nike, com o seu Fuel, vai além do relógio inteligente e dos aplicativos. A gigante dos esportes criou uma medida universal para os movimentos do corpo humano, independentemente da atividade que o usuário realiza. Assim, é possível compartilhar e competir com os amigos, mesmo que você esteja correndo e seu amigo andando de skate. Para a Nike, esse conceito é uma revolução.

O conceito é tão importante para ela que, mesmo após dispensar o time de hardware do Nike Fuel, segue forte no desenvolvimento dos aplicativos e das suas APIs. Com os sensores de aparelhos celulares se tornando cada vez mais baratos e eficientes, a Nike decidiu não entrar nessa briga e apenas liderar o mercado no uso dos dados que eles provêm. Um caso muito bacana de como a API e a plataforma são, por vezes, mais importantes que o hardware conectado à ela!

Outras fabricantes de smartphones também entraram na briga dos relógios inteligentes. Entre o final de 2013 e o início de 2014, foram lançados o Samsung Gear Fit, o LG G Watch e o Moto 360. Todos eles se conectam a dispositivos móveis para entregar ao usuários suas notificações e mensagens direto no pulso. Por exemplo, é possível ver quem está te ligando sem tirar o celular do bolso. E mais, é possível receber ou cancelar a chamada, enviar mensagens e conferir atualizações das redes sociais.

E se você acha que essa briga é restrita a empresas gigantes, pense de novo! Uma das maiores inovações nessa área veio do Kickstarter. Trata-se do Pebble. Ele levantou nada menos que US$ 10 milhões durante a sua campanha, um dos projetos mais bem sucedidos de todos os tempos! Já consagrado no mercado, possui hoje a maior loja de aplicativos para smartwatches e continua lançando novos modelos e linhas, que são sucesso absoluto. Um diferencial bacana é que sua tela é de tecnologia e-ink, no lugar dos tradicionais LCDs. Com isso, tem tempo de vida de bateria de até uma semana longe do carregador!

Monitoradores de atividade física

Além dos smartwatches, existe uma categoria de dispositivos que praticamente não interagem com o usuário. Sua função é apenas monitorar a atividade ou o estado de saúde de quem usa e transmitir mais tarde para o telefone ou computador. São objetos mais passivos, mas também praticamente invisíveis para quem usa.

O Jawbone Up24, lançado no final de 2013, não possui tela, é compatível com Android e iOS e monitora, além de batimentos cardíacos e informações da atividade física, o tempo de sono do usuário. Outro monitorador é o recém-lançado Misfit Shine, que possui as mesmas funcionalidades e ainda permite que você determine metas a serem alcançadas.

Até a Microsoft entrou nessa, com o seu Band. Uma peculiaridade bem interessante sobre esse modelo é que ele possui um sensor UV, para calcular a exposição do usuário ao sol, e também um sensor que permite identificar o nível de estresse ou tensão do usuário. O aparelho interage com a Health, plataforma para dados de saúde pessoal da Microsoft. Lembramos que a Apple também tem uma plataforma para dados de saúde: a HealthKit! Mais uma arena para as duas gigantes da tecnologia competirem!

Nem só de acessórios vive o monitoramento de atividade física, entretanto. A Ralph Lauren estreou no US Open 2014 (um torneio de tênis) uma camiseta inteligente chamada Fitness Tracking Shirt. Por meio da tecnologia biométrica da OMSignal, ela monitora o ABC do atleta (Atividade e movimento; Breathing – respiração e; Cardíaco). Esta estreia é, além de um avanço tecnológico, um marco interessante na história: é primeira marca puramente de moda a se aventurar na Internet das Coisas.

Anéis e pulseiras Inteligentes

Imagine passar a mão pela porta da sua casa e destrancá-la automaticamente. Ou então, configurar o gagdet – tão leve e pequeno quanto um anel – para que seus aplicativos sejam abertos de uma maneira específica sempre que você estiver com ele em um de seus dedos. Esses são alguns dos benefícios oferecidos por empresas como a NFC Ring e a Smarty Ring.

Há também uma tendência muito forte de trazer recursos sociais a pulseiras e braceletes. A Hicon, por exemplo, traz notificações luminosas para praticamente todas as redes sociais. Já a Embrace+ pretende ser uma verdadeira extensão do smartphone, brilhando em cores diferentes para alertar o usuário sobre chamadas, mensagens e até bateria baixa ou memória cheia. Quem é mais ligado em moda pode contar com startups como a Memi, que usa notificações discretas em uma peça carregada de estilo. Por último, mas não menos importante, temos a Nabu, da gigante de hardware Razer. Ambiciosa, pretende integrar todas as funções de notificação e monitoramento em um aparelho só!

Toda essa revolução não é possível apenas graças às inovações em hardware cada vez mais barato, poderoso e compacto. É o uso de APIs que permite que aparelhos tão diferentes quanto anéis, óculos e servidores de dados consigam interagir entre si, analisando dados de fontes diversas e trazendo uma experiência consistente para quem usa!

Agora, se você acha que todo esse papo de tecnologia de vestir serve só para nós, seres humanos, saiba que está muito enganado! Hoje, a vaca conectada (!), por exemplo, se apresenta como uma ferramenta crucial para a produção em escala de carne e leite. Pesquisadores também usam sensores de vestir em animais com ciclos de migração complexos, para rastrear o movimento das populações e aprender mais sobre as espécies.