Levante a mão aquele que NUNCA ouviu de alguém que TI é custo, quer fosse na empresa, quer fosse na mesa de bar ou em algum curso de aperfeiçoamento.

Se você nunca ouviu, considere-se um profissional de tecnologia com sorte.

Acontece que com o mundo sob serviço, BYOD, IoT e Cloud as coisas mudaram para melhor, por mais complexas que possam inicialmente parecer, e agora as áreas de tecnologia podem:

• Pensar na empresa em Iaas, PaaS, Saas. A TI passa a prover soluções para o negócio evitando desperdício de recursos;
• A TI pode dispor do sistema de Billing, não ficando com a conta das áreas de negócio em seu budget;
• Pode ainda possuir um catálogo de serviços e provisionar máquinas virtuais, banco de dados, load balance, backup, camada de segurança, aplicações baseadas em portais, onde a própria unidade de negócio customiza o recurso solicitado.

Atualmente, com os modelos Cloud, é possível projetar e construir ambientes de nuvem privados e híbridos que garantam gerenciamento unificado de serviços, de aplicativos e infraestrutura, e automatização do ciclo de vida do serviço.

O melhor de tudo reside no fato de que os principais players do mercado entenderam a necessidade de que tais arquiteturas sejam abertas a fim de garantir a liberdade na tomada de decisão e o ROI das soluções adotadas.

Os 4 aspectos abaixo influenciaram esse movimento do mercado:

• As companhias não querem ficar presas a um único fornecedor de nuvem.
• Buscam liberdade para se movimentar entre as nuvens privadas e públicas;
• Querem trocar de fornecedor de acordo com as necessidades computacionais, estejam elas crescendo ou encolhendo;
• Precisam mover aplicações e cargas de trabalho seguindo os requisitos dos negócios.

Logo, com modelos de autoprovisionamento, alguns aspectos da capacidade de planejamento perdem importância porque a capacidade pode ser alocada conforme a necessidade. No entanto, como o custo é um motivo fundamental para o uso da computação em nuvem, usar a capacidade que não é necessária tira o valor da nuvem.

 

A lição que se tira disso é que no final das contas as áreas de cliente querem aquilo que sempre desejaram desde a época do mainframe e do modelo cliente/servidor:

• Agilidade.
• Flexibilidade.
• Segurança.

E todos nós sabemos que isso custa caro. Ou custava.

Conceito de chargeback/showback

A necessidade de compreender os componentes dos custos de TI, e para financiá-la em face de demandas inesperadas de usuários, levou ao desenvolvimento de mecanismos de cobrança retroativa, nos quais um departamento solicitante recebe um projeto com os custos que estão diretamente associados a infraestrutura, transferência de dados, licenças de aplicativos, treinamento etc. que eles geram.

O surgimento de serviços de computação baseados em cloud computing pode tornar os mecanismos de cobrança retroativa mais palatável.

O conceito de showback surgiu para manter as vantagens de chargeback sem alguns dos seus inconvenientes.

Showback consiste em prover o gerenciamento de TI, departamentos e gestão empresarial com uma análise dos custos de TI devido por cada departamento, sem realmente cobrar esses custos.

A pressão sobre os departamentos de limitar a sua utilização é menos direta, mas a consciência dos custos geralmente faz com que os chefes de departamento e da alta administração questionem por que um departamento “gasta” mais do que outro em TI.

Veja algumas soluções de software para Billing de TI:

• VMware, vSphere Chargeback Manager and ITBM (IT Business Management Suite)
• Embotics, vCommander Cloud Management Platform
• Amysta, Usage Visibility and Cost Control Solutions
• Apptio, Technology Business Management Software and Services
• ClearCost Software, Integrated Service Financial Management Software
• ComSci, SaaS IT Financial and Business Management solution
• Cube Billing, Software-as-a-Service IT Cost Allocation and Chargeback/Showback Software

As vantagens desse modelo são:

• Convergência: Computação sem a necessidade de infraestrutura adicional.

• Escalabilidade:Dimensiona servidores e aplicativos sob demanda.

• Elasticidade: Pode aumentar ou diminuir a capacidade ou o desempenho de maneira simples, fácil e sem interrupções sob demanda, sem planejamento de capacidade ou migração de dados.

• Desempenho: Adição de servidores – você pode aumentar a capacidade e poder de processamento de forma linear, alavancando rápido paralelo reconstruindo e reequilibrando sem as interrupções de E/S.

Finalizando, os novos modelos surgidos face as tecnologias emergentes trouxeram para a TI possibilidades de mudar o seu arquétipo tradicional de perdulária e performar financeiramente.