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15 jul, 2011

Informatização nas empresas: em que fase elas estão?

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A informatização tornou-se um diferencial competitivo que pode assegurar crescimento e perenidade às empresas. Portanto a informatização não pode mais ser desprezada ou simplesmente adiada.

A fase atual das empresas brasileiras, em especial as médias, pequenas e micro empresas, é de crescimento no nível e na sofisticação de informatização, o que tem gerado um alto grau de crescimento estratégico e retorno de investimento rápido e garantido.

E por falar em informatização

Para falarmos na informatização das empresas, vamos relembrar alguns dados históricos. Os
primeiros computadores datam da década de 1940 e apesar da grande proposta de
mudança comportamental que gerou para época, eles não faziam mais do que algumas
contas simples.

Em meados
de 1960 ganham corpo as primeiras iniciativas de sistemas de gestão de estoques
(basicamente controles de entradas, saídas e saldos), bem como controles
financeiros.

Nas décadas seguintes vem à tona o MRP (Material Requirement
Planning) que organiza as necessidades de materiais através de planejamentos por volta de 1970. A partir de 1980 aparece o ERP (Enterprise Resource Planning) que são sistemas
integrados de gestão empresarial. Ainda nessa época os
custos de aquisição de equipamentos de informática inviabilizava que a grande
maioria das empresas se lançasse nessa nova fase.

Nos idos
de 1990, as empresas brasileiras embarcaram na tendência mundial de
informatização e desde então os processos de negócio tem recebido constante
influência dessas tendências que abarcam desde as gigantes multinacionais até
as micro-empresas.

Atualmente, elas dependem de informatização para manter-se
competitivas e cumprir exigências legais – como a emissão de notas fiscais de
venda que no Brasil é quase que 100% informatizada.

Desde
então houve uma revolução nas empresas provocada pela crescente necessidade de
informatização dos processos de negócio.

Estes processos culminaram em uma vasta gama de
sistemas que hoje vão desde simples controles de fluxo de caixa até sistemas
que fazem simulações de cenários estratégicos de negócios – que são extremamente
complexos, ferramentas preditivas e que suportam até mesmo inteligência
artificial.

A grande maioria das atividades relacionadas a sistemas deixou de
ser offline e passou a ser online. Um bom exemplo é a revolução provocada no
sistema bancário, onde mais de 80% das operações atuais são feitas sem que os
clientes compareçam às agências bancárias.

Nível de informatização das empresas

Existem
poucos estudos nacionais com ênfase no grau de informatização das empresas.
Podemos citar ações regionais do SEBRAE com alguns estudos de mercado e algumas
pesquisas acadêmicas.

Entre estudos e pesquisas damos destaque especial à tese de
doutorado apresentada à FEA-USP, no ano de 2004, pelo agora mestre e doutor em
administração Cesar Alexandre de Sousa. Em sua tese ele indica que:

  • O grau de informatização das empresas de grande
    porte indica que 62% destas alcança um nível bastante elevado. Somadas as
    empresas que tem um nível intermediário de informatização, as empresas de
    grande porte acumulam um montante de 90%.
  • 42% das empresas médias alcançaram um alto grau
    de informatização e somadas as empresas médias que tem nível intermediário de
    informatização, elas acumulam um montante de 63%.
  • As
    pequenas empresas tem um grau de informatização na casa dos 40%, sendo que a
    grande maioria delas alcançou nível baixo ou intermediário de informatização.
  • Enquanto isso as microempresas apresentam um grau
    de informatização inferior a 30%.

Apoio para crescer

O SEBRAE
destaca em suas pesquisas números que retratam a crescente utilização de
computadores nas empresas, o acesso à internet banda larga e a utilização de
sistemas integrados de gestão que estão cada vez mais verticalizados para
atender as especificidades das médias, pequenas e microempresas.

O SEBRAE
também apóia as empresas fornecendo uma cartilha com o planejamento básico, o
apoio tecnológico e financeiro para a informatização.

Em maio de 2011, o IDC (International Data Corporation) publicou em seu portal
brasileiro dados que demonstram a crescente evolução de implementação de
sistemas de Business Intelligence (BI) – um sistema vastamente utilizado para a
criação de relatórios, cubos de decisão e dashboards. O Brasil atualmente
representa 50% do mercado de BI da América latina.

Outro
dado importante é que além do grande número de fornecedores nacionais, temos
hoje à disposição os maiores fornecedores mundiais de sistemas, equipamentos e
soluções para informatização.

Há também um grande número de empresas atuando
exclusivamente por comércio eletrônico, além daquelas que tem lojas físicas e
lojas online, das que integram informações com seus fornecedores e clientes, e
das que viabilizam negócios através de troca de e-mails. Quase todas as
empresas, senão todas, já dispõe de um site institucional e de e-mails
corporativos.

Conclusão

A
informatização tornou-se um diferencial competitivo que pode assegurar
crescimento e perenidade às empresas e que portanto não pode mais ser
desprezada ou adiada.

A fase
atual das empresas brasileiras, em especial as médias, pequenas e micro empresas,
é de crescimento no nível e na sofisticação de informatização, que gera às
empresas um alto grau de crescimento estratégico e retorno de investimento
rápido e garantido.

 Para
finalizar, segue uma célebre frase de Charles Darwin que se encaixa
perfeitamente nesse cenário: “Quem sobrevive não é o mais forte nem o mais
inteligente e sim quem melhor se adapta às mudanças”.

Referências