O dia 29 de setembro de 2008 é digno de registro histórico. Após uma onda de pessimismos e muita expectativa, houve a maior queda, da história, da bolsa de Nova Iorque. As perdas em Wall Street chegaram a US$ 1,2 trilhão, o equivalente ao PIB do Brasil. O índice Dow Jones recuou quase 800 pontos, com queda percentual de quase 7%. A bolsa eletrônica Nasdaq recuou mais de 9%.

No Brasil, a Bovespa teve um dia terrível, com fechamento negativo de mais de 9%. Durante o pregão da Bovespa, a bolsa chegou a cair mais de 10%, acionando o Circuit Breaker, que pára o pregão por 30 minutos, pela primeira vez desde 1999.

Todo esse cenário foi uma resposta mundial a não aceitação pelo Congresso Americano do pacote de salvamento do sistema financeiro, proposto pelo presidente George Bush, com gastos públicos de US$ 700 bilhões.

Essa negativa causou um clima de pânico mundial, pois grandes bancos e instituições financeiras contavam com esse pacote para sua reestruturação financeira e para evitar a “quebradeira” geral neste setor.

No Brasil, algumas empresas sofreram forte impacto desta crise, como a Sadia, que anunciou perdas de US$ 760 milhões e a Aracruz Papel e Celulose, que teve forte queda nos papéis negociados na bolsa e ainda calcula as perdas.

Na Europa, há um temor em relação ao sistema bancário alemão. A Ásia, tradicionalmente uma região volátil durante as crises, já deu sinais do impacto negativo sobre as bolsas.

Analisando de maneira global, a crise iniciada em 2007 no mercado imobiliário americano, agravada agora pela crise do mercado financeiro, abalou a economia mundial.

Esse impacto global se deve à grande integração das redes de comunicação, infra-estruturas e sistemas de informação instalados em várias partes do mundo.

No estágio atual da Internet, as informações chegam, no mesmo instante, no mundo todo. Toda notícia importante tem impacto mundial e simultâneo. Se isso pode ser positivo sob o ponto de vista informativo, pode ter impactos negativos quando há más notícias, boatos e especulação envolvidos.

Dessa forma, a Tecnologia da Informação tem impacto significativo sobre o atual momento do mercado financeiro, pois é a grande mensageira que atualiza, em tempo real, cada movimento dos governos e dos analistas, provocando impacto global, para o bem ou para o mal.