Primeiro texto do ano, mas mesmo que atrasado ainda cabe um Feliz 2014 para todos os que acompanham os textos deste mero mortal. Muita saúde, felicidade e sucesso profissional.
Quem desenvolve, ou mais especificamente, quem ama desenvolver, todos os dias tem seu talento posto à prova com os desafios que surgem na rotina de trabalho e na carreira. Temos que entregar cada vez mais e melhor aquilo que os nossos clientes nos solicitam, acompanhar a avassaladora evolução das tecnologias com as quais trabalhamos ou vislumbramos trabalhar, e por aí vai.
Pensar grande e pensar pequeno têm exatamente o mesmo preço. Sendo assim, por qual motivo não pensar grande? Sim, pensar grande! Ter metas pra lá de ousadas! Desenvolver um produto e torná-lo um sucesso!
Normalmente o que nos desestimula a darmos o pontapé em nossos projetos pessoais é o fato de já pensarmos no produto pronto. Nós, como desenvolvedores, pregamos entregas incrementais, mas não pensamos e planejamos de maneira incremental.
Quando resolvi escrever sobre este tema, escolhi um caso de sucesso que expressa exatamente o desenvolvimento de um produto que virou um verbo: o Google. Quem nunca disse que ia dar uma “googada” que atire a primeira pedra! “Googar”, de onde tiraram isso? Quem inventou? Não importa. Já se transformou em um verbo.
Poucos discutem o sucesso dos produtos do Google, e a empresa é apontada como modelo para 9 em cada 10 profissionais de TI que eu conheço.
Quando Larry Page e Sergey Brin, estudantes de Ciência da Computação da Universidade de Stanford, Califórnia, Estados Unidos, iniciaram uma parceira para o desenvolvimento de um mecanismo de busca, não tinham em seu escopo os demais produtos que hoje existem na empresa como o Drive, o Gmail, o Maps.
Aí você pensa na pesquisa do Google: como um software com uma interface tão simples pode fazer tanto sucesso e o meu com tanto brilho, cores, plumas e paetês, não faz? Simples, a simplicidade (com o perdão do trocadilho). O foco no objetivo do produto. O desenvolvimento incremental. A melhoria contínua.
Parece-me que os caras do Google se preocuparam com aquilo que era essencial. Eles colocaram na frente de tudo o princípio de uma frase que é atribuída a Leonardo da Vinci que diz que “a simplicidade é a sofisticação final”. E isso é a mais pura verdade.
Penso que devemos investir nosso tempo, conhecimento e talento no desenvolvimento de softwares úteis, e não somente os que fazem mais firulas. Utilizar as ferramentas certas, não as mais legais e as que estão na moda.
Escrever código com qualidade e compromisso, mas, acima de tudo, com respeito. Respeito por quem vai receber o seu produto. Respeito por quem eventualmente necessite dar uma manutenção no seu código. Respeito pelos objetivos traçados para o produto.
Imaginar o desenvolvimento de um software que vire um verbo é seguir o exemplo do Google, que prima pela simplicidade, vai direto ao ponto e faz bem aquilo que se propõe a fazer.
Até a próxima. Seja feliz.