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5 fev, 2016

Se sua linguagem de programação acabasse, o que você faria?

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Você já se perguntou o que faria se a sua linguagem de programação favorita acabasse amanhã? Qual seria seu futuro como desenvolvedor? O que você faria depois? Começaria a aprender uma outra linguagem do zero?

Outro dia li um artigo dizendo que a Oracle anunciou o final do plugin Java para navegadores. Isso me fez pensar a respeito de como os desenvolvedores têm tratado sua polivalência nos últimos tempos.

Quem me conhece sabe que sou um grande adepto da linguagem PHP. Porém, não estou restrito a ela. Também possuo bons conhecimentos em Python, Java, C, JavaScript, Bash e já me aventurei em tantas outras que dariam uma bela lista. Essa é uma coisa que o tempo me ensinou e que agora eu gostaria de compartilhar.

Minha linguagem vai acabar?

Isso quer dizer que a minha linguagem de programação vai acabar e não terei mais suporte a ela? Não! Na verdade é muito raro presenciarmos o fim súbito de uma determinada tecnologia. Geralmente as transições são graduais. COBOL, por exemplo, é uma linguagem antiga e que, até hoje, possui diversos sistemas escritos nela e ainda rodando. Mas o título desse artigo veio de uma pergunta retórica, na verdade. É um grande “e se”.

O que chamo de final da linguagem pode ser várias coisas. Uma mudança de suporte na tecnologia, troca de infraestrutura, mudança de emprego, uma nova necessidade. Você está pronto para uma migração tranquila ou será uma experiência traumática?

Pense comigo! Em breve você precisará se mudar de cidade. Começa a procurar empregos na área de desenvolvimento mas só encontra oportunidades em que os requisitos englobam tecnologias das quais você nunca ouviu falar. O que acontece?

É muito mais fácil alcançar novos degraus na sua carreira se você demonstrar ser uma pessoa esforçada, que gosta de aprender, do que simplesmente entregar-se a comodidade de já dominar alguma coisa.

Então não posso mais ter uma linguagem favorita?

Você pode estar se perguntando: “Rafael, então você está me dizendo que não posso mais ter uma linguagem preferida pra me dedicar?”. Novamente a resposta é não. O que eu estou tentando passar pra você é que não é apenas uma linguagem que vai resolver o seu problema sempre.

Saber mais de uma linguagem ajuda em várias coisas. Melhora o seu perfil profissional, aumenta o seu desempenho na solução de problemas (pois você terá visto diferentes implementações de diferentes técnicas) e também lhe dá uma maior possibilidade encontrar a melhor maneira de implementar as aplicações que desenvolve.

Uma vez que você desenvolveu bem a sua lógica de programação, não é mais necessário gastar dias, meses, anos para aprender algo novo. A base é sempre a mesma. O que vai mudar é a sintaxe.

Já pensou em dar essa oportunidade ao seu cérebro? Aprender é sempre engrandecedor e dificilmente você irá construir conhecimentos que não servirão de nada. Dedique-se a aprender maneiras diferentes de fazer a mesma coisa. Muitas vezes você pode acabar percebendo que existem métodos muito mais simples de realizar algumas tarefas do que aqueles que você empregou por quase toda a sua vida.

Meu conselho então é: seja polivalente. Aprenda mais de uma linguagem, domine várias tecnologias, conheça o máximo que você puder. Dessa maneira você poderá diminuir ao máximo a probabilidade de ser pego desprevenido. Existe um texto sensacional, que recomendo a leitura, chamado “aprenda a programar em dez anos” (versão traduzida). Foi escrito há 15 anos, mas nunca esteve tão atual.

Gostaria de encerrar com uma frase que espero que possa te fazer refletir.

“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original” (Oliver Wendell Holmes)