Dia desses eu fiz um Whiteboard Friday (ou sexta-feira do quadro branco) chamado “Links internos mais inteligentes“. Se ainda não assistiu (eu apresento alguns gráficos e outras coisas, então você provavelmente precisará assistir e não apenas ouvir), eu recomendo fazer isso antes de ler o restante deste artigo.
O objetivo deste artigo é esclarecer alguns equívocos que vi nos comentários do Whiteboard Friday, e mostrar exatamente o que quero dizer sobre sitewide e como isso poderia ser problemático – tanto agora, como no futuro próximo – para super otimização de algoritmos e filtros.
Links de rodapé não são (essencialmente) ruins
Uma pergunta que vi algumas vezes era sobre se devemos usar rodapés sitewide em tudo. Minha resposta para isso é “com certeza!”. Links de rodapé podem ser fantásticos para a experiência do usuário. Especialmente no mundo crescente de navegação móvel há uma necessidade crescente de uma boa navegação na parte inferior de sites que permita aos usuários navegar para um lugar no site que faz sentido, sem a necessidade do deslocamento de volta para o topo da página.
Links de rodapé como no site do SEOmoz são bons, à medida que apontam as pessoas para as páginas mais importantes e úteis no site. As pessoas esperam vê-los lá:
A Zappos também faz isso, embora curiosamente não tenham o mesmo rodapé das páginas das categorias na página inicial (dê uma olhada na página inicial e nesta categoria para ver a diferença). Eles não estão sobrecarregando o cliente com o texto âncora e levando-o para páginas irrelevantes. O seu rodapé principal é grande, sim, mas contém links úteis para o usuário.
E segundo o SearchMetrics, a sua cobertura SERP está em franco crescimento:
O problema é a escala
Os rodapés como estes se tornam um problema quando são dimensionados por todo um site completo e também em microsites. Esta é uma prática comum de sites grandes, especialmente nas indústrias de viagens, hotéis e turismo.
Se esta for uma webpage normal:
Este é um exemplo de uma página de uma grande cadeia de hotéis:
A arquitetura tem esta aparência, que é uma arquitetura completamente padrão:
Mas se você dimensionar isso para uma seção no site inteiro, como no site de hotéis acima, cada página se torna como uma página inicial fazendo link com o texto âncora otimizado. E muitas vezes esses links são irrelevantes e não acrescentam valor para o usuário.
Aqui está um exemplo de um mecanismo de interligação que ficou confuso:
Microsites/ franquias podem ser perigosos
Me deparei recentemente com um site que também possui muitos sites de terceiros na franquia. Cada um deles é construído fora de um modelo (o que não é necessariamente um problema) e fornece o conteúdo local específico para a área onde a franquia está localizada. Na minha opinião, todos eles agregam valor para o usuário.
Aqui está um exemplo do layout dos sites, com a área do problema (na minha opinião) destacada:
Quando você for fazer a escala, a ligação entre os locais (e todos os links mostrados no exemplo do microsite são sitewide) começa a parecer com isso:
Pense em taxonomia
A melhor maneira de ficar longe destas questões de excesso de links que pode, e provavelmente vai, te trazer problemas, é categorizar suas páginas. Muitas vezes chamamos essas categorias de “tipos de página”, mas estamos falando, basicamente, sobre os diferentes níveis das páginas do seu site. Alguns exemplos são:
- Home page (uma categoria por si só);
- Páginas de categorias;
- Páginas do produto;
- Páginas de detalhes de produto;
- Páginas de landing PPC;
- Postagens do blog.
Um pensamento a respeito de como melhorar o seu links internos, mas de uma forma amigável, é a interligação entre os diferentes níveis de maneira que faça sentido. A melhor resposta final seria criar um esquema de ligação interna ou algoritmo que permita que você vincule estas páginas automaticamente, dependendo de como você decidir o ajuste das páginas.
Você vai terminar agora com links como mostrado abaixo, com todas as páginas na mesma categoria geográfica:
Links internos paralelos
Como eu disse no Whiteboard Friday, não faz sentido fazer link entre todas as suas páginas de categoria, já que isso é ruim do ponto de vista do usuário. Se alguém está à procura de um hotel em Washington DC, ele não vai estar interessado, provavelmente, em ver hotéis em Londres. Se alguém está procurando por hotéis de Londres, provavelmente não estará interessados em hotéis em Orlando, mas pode ser que estejam interessados em hotéis em Paris ou Munique.
Agora precisamos descobrir como segmentar. Para classificar este site em específico, eu usaria a seguinte taxonomia:
- Continente;
- País;
- Cidade;
- Estado;
- Categoria ou hotel.
Em seguida, o padrão de combinar os continentes, países e então as cidades. Se fizermos dessa forma, então a sua página de hotéis em Londres poderia ter uma barra lateral com links para Paris, Munique, Amsterdam, entre outras cidades da Europa; E não links para Orlando e Atlanta:
Links internos ccTLD
Uma dica que dei no Whiteboard Friday é a ligação entre as suas páginas relevantes em seus ccTLDs (.co, .uk, . fr, etc) para a página relevante sobre os outros TLDs. Usando esta metodologia, terminamos com a seguinte estrutura e padrões de ligação ao invés da loucura vista acima:
Como faço para testar isto?
Você precisa fazer seu próprio teste e sua própria pesquisa com a concorrência para descobrir o que está funcionando e, em seguida, como você pode se manter competitivo, sem colocar o seu website em perigo.
Faça sua pesquisa com a concorrência
Todos os conselhos que eu dei aqui, foram resultado de muita pesquisa na concorrência para ver como eles estão subindo no ranking (este é um dentre muitos fatores). Eu descobri como eles estão linkando e comparei contra seus respectivos tráfegos. Você tem fazer o mesmo. Recomendo começar com o seu termo mais competitivo e com a engenharia reversa de suas estratégias, olhando especificamente para links externos, links internos e conteúdo. Você pode achar que está sendo vencido, porque eles têm conteúdo útil superior. Ou talvez você descobrirá que seu link interno é melhor, e você pode aprender com as estratégias deles.
Trabalhe com sua equipe UX ou de desenvolvimento
Agora, dependendo do tamanho da sua empresa você pode ter uma equipe específica para a experiÊncia do usuário (UX). Se você estiver trabalhando na escala que estou falando aqui, você precisa mesmo ter uma equipe UX. Faça com que eles te ajudem a classificar suas páginas e seus níveis, e, em seguida, trabalhar com eles para criar maquetes usando uma ferramenta como Balsamiq (a ferramenta que usei para as ilustrações aqui).
Comece a usar o NoFollowing links ao invés de removê-los
Algumas pessoas nos comentários no Whiteboard Friday recomendaram começar a testar isso pelo seu nofollowing de links internos excessivo ao invés de remover links. Eu acho que é uma boa ideia começar com uma pequena amostra de suas páginas, de modo que seja possível testar os potenciais ganhos e as perdas vividas por essas estratégias.
Em última análise, porém, se essas estratégias funcionam para você, você vai querer criar novos layouts de página para que a sua classificação possa ajudá-lo efetivamente a fazer um interlink. Usar o no-follow nesses links é apenas um paliativo, já que também estamos preocupados com as conversões e não apenas com os rankings.
Espero que isso ajude a esclarecer alguns dos pontos que eu estava mencionando no vídeo do Whiteboard Friday.
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Este artigo é uma republicação feita com permissão. SEOMoz não tem qualquer afiliação com este site. O original está em: http://www.seomoz.org/blog/internal-linking-strategies-for-2012-and-beyond