Acessibilidade

27 nov, 2009

Por que tanto se fala em Acessibilidade?

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Muito se fala
em acessibilidade. Mas a grande verdade é que poucos designers fazem
um estudo de caso antes de criarem um site e se preocupam realmente com
acessibilidade.

Apesar
de às vezes você não perceber, a acessibilidade está em todo lugar, em
todas as áreas. E está ali para facilitar sua vida. Ou piorar quando não há.

Vamos analisar algumas situações completamente fora do nosso contexto e depois fazer comparações:

  1. Com
    certeza em algum lugar na sua cidade você já deve ter visto orelhões
    (telefones públicos) em alturas normais e também alguns aparelhos em uma altura mais baixa. Você que
    é alto com certeza acha ótimo quando o orelhão está à sua altura e
    facilmente consegue fazer uma ligação. Porém, alguém pensou em
    acessibilidade e viu também que existem pessoas que são mais baixas
    e que um orelhão mais baixo também o tornaria mais acessível para quem
    fosse fazer ligações, seja ela um adulto de baixa estatura ou uma criança
    precisando fazer uma ligação.
  2. Quem
    usa cadeira de rodas sente na pele a dificuldade de acesso a vários
    lugares e também a transportes. As calçadas que possuem acessibilidade
    adequada para cadeirantes são, com certeza, mais agradáveis, e evitam
    ter que pedir ajuda o tempo inteiro a terceiros para conseguir simplesmente
    subir em uma calçada.
  3. Quando
    você está acessando a Internet, com certeza você acha interessante ter o
    botão do meio do mouse (scroll) para descer e subir a página.

Seguindo essa linha, eu poderia citar centenas de exemplos de
acessibilidade e da falta dela, como uma escada mal feita, uma porta muito baixa, e assim
por diante. Falando agora sobre sites, poucos profissionais de fato
pensam, calculam e projetam sites acessíveis.

Acessibilidade
nada mais é que tornar as informações e a navegação o mais simples
possível. Isso vai deste auto-redimensionamento, para resoluções
diferentes, como textos de acordo com o público alvo.

Confesso
que fazer um site pensando em todos esses detalhes de fato dá mais
trabalho, CSS e Tableless são bastante usados, embora você possa fazer
com tabelas, simplesmente. Contudo, os resultados, além de muito
satisfatórios, também deixam o site mais atrativo para o público.

Observe
que existem pessoas que gostam mais de um site do que de outro quando
na verdade os dois oferecem basicamente as mesmas informações. Por
exemplo, por que gostam tanto do site da Globo? Você se lembra de como ele era? Atualmente, toda a sofisticação de design que o site
tinha deu lugar a um design enxuto, onde a acessibilidade para navegar
entre notícias é muito bem planejada, o que naturalmente atrai cada vez
mais usuários.

Existem
várias coisas que podem ser citadas na hora de pensar em acessibilidade
para seu site ou algum projeto de outra natureza. Vou citar apenas três:

  1. Às vezes os designers
    se preocupam muito apenas com o funcionamento. O pensamento é “se tá funcionando,
    então tá valendo”. Ou ainda pensam coisas do tipo “estou criando para um
    público seleto que sabe porque está no meu site”. Ótimo, mas seu site
    não é restrito ao resto do mundo! Se for um site de negócios, então,
    qualquer um pode parar ali através de uma busca e, quanto mais
    complicado ele for, menos tempo alguém vai perder tentando achar
    alguma informação no mesmo.
  2. Ainda
    conheço designers que pensam assim: “já criei um menu com um link para aquele
    arquivo, não vou mais perder tempo criando outros links do tipo voltar, ir para o topo,
    isso dá um trabalho muito grande”. Já pensou se a Microsoft deixasse
    seus programadores criarem o Windows no nível deles? Tem noção de como
    seria a instalação de um simples driver da sua impressora? O Linux
    tentou fazer isso durante anos, mas só quando se adaptou e se entregou à acessibilidade foi que realmente ganhou mercado em computadores
    desktop.
  3. Acredito
    que a melhor forma de você sentir a acessibilidade do seu site é
    navegando nele, mas não como o designer que criou o site; como
    um simples internauta que caiu naquele site depois de uma busca no
    Google. Naturalmente, as necessidades de acessibilidade irão surgir,
    faça quantas correções você achar necessário.

Espero que vocês tenham gostado e, mais ainda, compreendido a importância de sites acessíveis!

Abraços.