Uma pesquisa realizada pela GoCache em Fevereiro de 2017 aponta que o uso de CDN ainda não atingiu maturidade no mercado nacional. Prova disso é o grande número de sites de pequeno e médio porte que ainda não utilizam a tecnologia.
A pesquisa foi feita utilizando scripts de rastreamento, cruzando os dados de tecnologia utilizada com os dados de audiência do site Alexa. A classificação dos sites em segmentos é decorrente do volume de dados trafegados mensalmente, estimados com base nessa audiência. Para referência, 1TB de tráfego equivale aproximadamente a 1 milhão de pageviews. Como amostra foram varridos 20% dos 100 mil maiores sites do Brasil.
Assim como acontece no mercado americano, quanto maiores os sites, mais popular o uso de CDN. Nos 100 maiores sites brasileiros, com tráfego mensal superior a 300TB, a adoção de CDN é de mais de 70%, número muito próximo aos 75% do mercado americano.
Porém, a aproximação com o mercado americano começa a mudar já no segmento de sites considerados médios-grandes. Dos 900 que estão neste grupo, a taxa de adoção é de 53%, contra 70% dos sites americanos de tamanho similar.
Na classificação seguinte, “médios-pequenos”, dos 9 mil sites, apenas 31% utilizam CDN. Sites deste tamanho, com audiência mensal em torno de 3,6 milhões de pageviews, a adoção nos Estados Unidos chega a 53%. Na base da pirâmide estão os 90 mil sites brasileiros considerados pequenos, com média de pageviews mensais em torno de 440 mil, apenas 12% utilizam CDN, número muito pequeno quando comparado à penetração desta tecnologia em 34% deste segmento nos EUA.
O estudo também verificou que existem praticamente cinco empresas dominando o mercado nacional: as internacionais Akamai, CloudFlare e CloudFront (AWS), e as nacionais Azion e GoCache. Outras empresas de CDN, somadas, não chegam a uma representatividade de sequer 2% de participação de mercado.
De acordo com Guilherme Eberhart, CEO da GoCache, a tendência é que ao longo dos próximos dois anos estes números se aproximem das médias de uso presentes no mercado americano.
“O que percebemos é que o uso de CDN no Brasil ainda é considerado necessário apenas por sites de grande audiência, enquanto a vasta maioria dos sites de porte um pouco menor não percebeu que também pode se beneficiar significativamente dos ganhos em desempenho, disponibilidade e segurança, a preços que se tornaram bastante acessíveis”, afirma Guilherme.