Tecnologia

10 out, 2011

Sanduíche de grafeno mostra potencial para nova geração de chips

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Os físicos da Universidade de Manchester, no Reino Unido, encontraram
mais analogias para estruturas com grafeno: agora, duas camadas das
folhas de carbono em formato de tela de galinheiro se transformaram em um
sanduíche de grafeno.

Juntando o nitrato de boro ao sanduíche de duas folhas de
grafeno, a equipe criou uma estrutura de quatro camadas que preserva as
propriedades do grafeno, facilmente afetadas por qualquer coisa que o toque. De
acordo com os pesquisadores, esta é a primeira demonstração prática de como o
grafeno seria usado em um chip real, eventualmente em substituição à eletrônica
de silício atual.

Pesquisador usa uma lente para mostrar o chip usado para testar o sanduíche de grafeno.

Pelo fato de as duas camadas de grafeno serem abraçadas pelo
nitrato de boro, o experimento permitiu pela primeira vez que os físicos
observassem como o grafeno funciona em condições reais sem ser afetado pelo
ambiente.

O experimento também descobriu que, apesar de suas
propriedades de condutor, o grafeno funcionou como um isolante.
Anteriormente, para que ele se tornasse isolante, era necessário inserir
defeitos em sua rede atômica.

Agora, foi possível demonstrar que o grafeno pode ser tornar
isolante quando é totalmente encapsulado por outro material, e é essa a única
função do nitrato de boro. E esse é um passo importante para a construção de
transistores eletrônicos.

Além disso, demonstrou-se em pequena escala que todas as
“maravilhosas propriedades” do grafeno puro podem ser mantidas no
interior de um chip real. Também foi mostrado um aumento significativo na
velocidade dos circuitos eletrônicos e do menor consumo de energia, uma
eletrônica de grafeno – também conhecida como eletrônica orgânica -, que promete
aparelhos flexíveis e transparentes.

Com informações de Inovação Tecnológica