Segundo uma pesquisa global da Current Analysis e Pyramid Research, feita com mil empresas de médio e grande portes em 23 países, os projetos de Internet das Coisas são mais locais e menores do que empresas de análise previram anteriormente. O estudo revelou que 72% das empresas estão implementando projetos de IoT no nível nacional e local, e somente 11% têm projetos globais de aplicativos e soluções Internet das Coisas. Além disso, 45% das empresas entrevistadas têm projetos de médio porte, ou seja, com menos de 500 objetos conectados.
Isso também foi observado no Brasil. Para Marcelo Kawanami, gerente de pesquisa da Pyramid Research, a “Internet das Coisas, como um todo, ainda está emergindo em todos os países, seja desenvolvido ou emergente. A principal diferença é como a cadeia de valor em alguns países está mais madura que outros. Por exemplo, nos Estados Unidos, a AT&T está atuando sendo prestadora de serviço de carro conectado. Isto já é uma evolução”. Ele acredita que o Brasil está caminhando para formar um ecossistema, com as empresas verificando qual será o posicionamento delas para gerar mais valor.
A pesquisa, divulgada pelo site Convergência Digital, revelou que 73,3% das empresas entrevistadas no Brasil disseram ter alguma implementação de IoT ou planejam implementar nos próximos 12 meses. Entre as aplicações que as empresas já adotam ou que planejam adotar, o controle de ativos e pessoas aparece em primeiro lugar, com 36% da preferência. Também foram citados sistemas de segurança inteligentes (28%), de sistemas inteligentes de automação para precificação de produtos (26%), sistemas preditivos para campanhas de marketing (22%), gerenciamento da cadeia de suprimentos e armazenamento (20%), controle e monitoramento remoto (16%) e sistemas de pagamento inteligente (16%).
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Segundo Kawanami, a Internet das Coisas é disruptiva e pode criar novas fontes de negócios para as empresas. Para 60% dos entrevistados, o que motiva as empresas a implantarem projetos de Internet das Coisas é a eficiência operacional ou redução de custos. Entretanto, demonstrar o valor para o negócio segue como o maior desafio para 32% das empresas ao implantar projetos IoT no Brasil. Já 20% dos entrevistados apontaram preocupações relacionadas à segurança; 16%, preocupações relacionadas à privacidade das informações; 12% falaram que o desafio está relacionado à expertise necessária para gerenciar Internet das Coisas; e 8% disseram integrar toda a tecnologia necessária para implementação.
Em relação ao tempo médio esperado para obter retorno dos projetos de IoT, 46% das empresas afirmaram esperar algum retorno no prazo de seis a 12 meses, enquanto 29% esperam de um a dois anos, 17% querem obter retorno imediatamente e apenas 8% esperariam mais de dois anos.
Os principais benefícios esperados são melhorar eficiência operacional (32%), reduzir de custos (28%), aumentar a receita por meio de produtos e serviços já existentes (24%), aumentar receita por meio de novos produtos e serviços (8%) e melhorar o processo de tomada de decisão (8%).