Games

4 nov, 2014

Projeto de código aberto quer levar Age of Empires II ao Linux

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Considerado um clássico e relançado recentemente com gráficos em alta definição para Windows, o jogo de estratégia em tempo real (ou RTS) “Age of Empires II” já passou pelo Mac, mas nunca apareceu no Linux. Para matar a saudade, jogadores ainda precisam recorrer ao Wine para rodá-lo. Por mais que o auge do famoso jogo já tenha passado há mais de uma década, um grupo de desenvolvedores quer mudar essa história com um novo projeto open source.

Chamada de OpenAge, a iniciativa não tem como objetivo criar um port completo do game para o sistema, e sim “clonar” e adaptar a engine do AoE II original, lançado em 1999. Ela ainda usará elementos do jogo da Ensemble Studios, mas que não serão fornecidos por “motivos óbvios”, como explicam os desenvolvedores na página do projeto.

Justamente por isso, apesar de ser um clone, o jogo ainda requer todas as pastas de “Assets” do game para funcionar plenamente. Os arquivos são convertidos usando um script, que os transforma em algo bem mais “moldável”.

Longe de ficar pronto, o núcleo da engine será desenvolvido em C++, enquanto quase todo o resto (conversão de mídia e o console de dentro do game, por exemplo) será feito em Python. A ideia também envolve incluir suporte para tecnologias e recursos mais modernos, como OpenGL 2.1 e GLSL (para sombreamento), para posteriormente tornar o projeto algo além de um “simples” clone de um jogo de sucesso.

Ainda assim, diferenças entre o Age of Empires II de código aberto e o Age of Empires II da Ensemble já deverão aparecer na primeira versão jogável, e não somente em termos de falhas ou de recursos em falta. O visual e a jogabilidade, por exemplo, serão próprios do game (já que não é possível replicar vários desses aspectos), assim como a capacidade de incluir modificações.

Alterações na interface e no console (que podem lembrar os do Blender) também aparecem na lista de ideias, assim como a eliminação de algumas velhas limitações. No GitHub, os desenvolvedores citam a possibilidade de selecionar apenas 30 unidades por vez, mas quem jogou o RTS original certamente se lembrará de outros incômodos.

É cedo para dizer se a iniciativa será bem-sucedida ou não. Por enquanto, o projeto está com 25 colaboradores registrados, e, apesar de ambicioso, parece ser levado mais como um passatempo– basta ver as muitas piadas feitas na descrição.

Os interessados em participar do desenvolvimento podem possível tentar entrar em contato com os responsáveis no IRC indicado no fim da página do GitHub, mas é bom estar com o inglês em dia. E enquanto uma versão jogável não é disponibilizada, jogadores ainda têm à disposição o RTS “0 A.D.”, por exemplo, que está em desenvolvimento desde 2000 e possui algumas versões Alpha lançadas.

Com informações de Info