De acordo com um levantamento mundial da Associação de Auditoria e Controle de Sistemas de Informação (ISACA, na sigla em inglês), há uma imensa lacuna na confiança em equipamentos da Internet das Coisas, ao menos no que distingue o consumidor médio dos profissionais de Tecnologia da Informação.
Em seu Barômetro de Risco em TI, a ISACA mediu que 64% dos consumidores dos Estados Unidos estão confiantes de que podem cuidar eles mesmos da segurança na Internet das Coisas. No entanto, entre mais de 7 mil profissionais globais de TI que responderam a uma pesquisa paralela, apenas 22% têm a mesma confiança em controlar quem consegue acessar informações coletadas por aparelhos conectados em suas casas.
Consumidores no Reino Unido, Índia, Austrália e México demonstram a mesma confiança em suas capacidades de defesa contra ciberataques, e a maioria se considera conhecedora, ou mesmo muito conhecedora, da Internet das Coisas: o percentual varia de 95% na Índia a 76% no Reino Unido.
Em média, há seis equipamentos conectados por residência. As Smart TVs lideram a lista de equipamentos conectados mais desejados pelos consumidores nos próximos 12 meses, seguidas de vestíveis, como smartwatches e medidores de condicionamento físico.
O levantamento global com profissionais de TI descreve uma Internet das Coisas que voa abaixo do radar de muitas organizações de Tecnologia, com riscos que os entrevistados acreditam serem subestimados (e subprotegidos). Metade deles acredita que as áreas de TI das empresas não conhece todos os equipamentos conectados na organização (de termostatos a TVs, carros e alarmes de incêndio).
Além disso, 73% deles estimam como média ou alta a probabilidade de que as empresas onde atuam sejam invadidas a partir de um aparelho conectado à Internet das Coisas. E 63% dizem que o aumento na quantidade de equipamentos conectados nos locais de trabalho reduziu a privacidade dos empregados.
Entre os profissionais de TI entrevistados, 73% dizem que os atuais padrões de segurança não servem para a Internet das Coisas, enquanto 72% acreditam que os fabricantes não estão implementando as devidas medidas de segurança nos equipamentos conectados. Além disso, 84% acreditam que os fornecedores não informam devidamente os tipos de informações que os aparelhos podem coletar.
As pesquisas envolveram respostas online de 7.016 membros da Associação em 140 países, entre agosto e setembro. Foram entrevistados ainda 5,4 mil consumidores nos EUA, Reino Unido, Austrália, Índia e México, ao longo do mês de agosto deste ano.
Com informações de Convergência Digital