Carreira Dev

28 abr, 2017

Pesquisa mostra importância da inteligência artificial nas empresas

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De acordo com um estudo da Tata Consultancy Services, especializada em consultoria e serviços de TI, 84% das empresas consideram o uso da IA “essencial” para a competitividade, com mais 50% vendo a tecnologia como “transformadora”.

Ao explorar as visões e ações dos responsáveis pelas decisões em empresas globais com receita média de US$ 20 bilhões, o estudo, chamado de “Getting Smarter by the Day: How AI is Elevating the Performance of Global Companies”, assegura que a Inteligência Artificial se distribuiu pelas empresas, conforme divulgado pelo site Convergência Digital.

A pesquisa revelou que, atualmente, os que mais adotam a IA hoje são os departamentos de TI, com dois terços (67%) dos entrevistados usando IA para detectar intrusões de segurança, problemas de usuário e automação. No entanto, quase um terço (32%) das empresas acredita que o maior impacto da IA até 2020 será em vendas, marketing ou atendimento ao cliente, enquanto um em cada cinco (20%) prevê que o maior impacto da IA será em funções corporativas não relacionadas diretamente a clientes, a exemplo de finanças, planejamento estratégico, desenvolvimento empresarial e Recursos Humanos.

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As empresas que participaram do estudo fazem parte de diversos setores, incluindo automotivo, bancário e financeiro, de energia, saúde, ciências biológicas, manufatura e varejo. Esse aspecto multissetorial destacou o impacto da IA no local de trabalho como uma importante força complementar para os próximos anos. Alguns exemplos vêm do uso da IA para orientar representantes de atendimento ao cliente a resolver problemas mais rapidamente e antecipar futuras compras, reconciliar com agilidade e precisão transações em massa durante a noite para instituições financeiras, ou liberar tempo dos profissionais de RH ao administrar os longos processos de ambientação de novos contratados.

Em relação ao debate sobre o impacto da IA nos empregos, os executivos entrevistados estimam uma redução líquida entre 4% e 7% em cada função até 2020. Entretanto, as empresas com os maiores ganhos de receita e eficiência de custo gerados pela IA veem uma demanda pelo menos três vezes maior por novos postos de trabalho em cada função até 2020 por conta da IA, em comparação com empresas com menores ganhos de receita e eficiência de custo relacionados à IA. A inteligência artificial já está sendo usada para automatizar determinados processos e impulsionar a eficiência, ajudar funcionários a serem mais produtivos, dedicar mais tempo a funções de negócios mais estratégicas e criar novos trabalhos e serviços que não eram possíveis no passado.

Com a IA se tornando uma tecnologia difundida, os investimentos financeiros no setor devem crescer, já que 7% das empresas destinaram, pelo menos, US$ 250 milhões cada uma para IA em 2016, e 2% planejam investir mais de US$ 1 bilhão até 2020 – provavelmente buscando conquistar uma vantagem competitiva como primeiros a adotar a IA.

O levantamento revelou uma clara correlação entre investimentos em IA e impacto nos negócios. As empresas que conquistaram os maiores ganhos de receita e redução de custo relacionados com IA investiram cinco vezes mais na tecnologia do que as empresas com menores ganhos de receita e redução de custo associados à IA. Os líderes geraram um aumento médio da receita de 16% a partir de iniciativas de IA em 2015 versus 2014, enquanto os retardatários viram um modesto crescimento na receita de 5%. Regionalmente, as empresas norte-americanas foram as principais investidoras em IA em 2015, com um valor médio por empresa de US$ 80 milhões, seguidas pelas europeias com US$ 73 milhões, as empresas da região Ásia-Pacífico com US$ 55 milhões e as da América Latina com US$ 51 milhões.

Os participantes da pesquisa apontaram quatro fatores como os mais importantes na aceitação generalizada e benefícios da IA para os negócios. Quase sete em 10 empresas (68%) usam atualmente a IA para detectar e prevenir potenciais ataques e ameaças à segurança dos sistemas. Outros fatores importantes incluem o desenvolvimento de sistemas cognitivos que aprendem continuamente e têm a capacidade de tomar decisões confiáveis e seguras baseados em massas de dados, e ganhar a confiança dos gestores para usar as recomendações da IA sobre o que devem fazer.

A sétima edição do estudo entrevistou 835 executivos de empresas em quatro regiões do mundo, com um faturamento anual médio individual de US$ 20 bilhões. As quatro regiões pesquisadas foram América do Norte (incluindo Canadá), Europa (Reino Unido, Alemanha, França, Dinamarca e Suíça), Ásia-Pacífico (Índia, China, Austrália e Japão) e América Latina (Brasil e México).  O estudo foi concluído em junho de 2016. Para obter mais informações ou para fazer o download do estudo, acesse http://sites.tcs.com/artificial-intelligence/