No dia 05 de março, é comemorado o Dia Internacional dos Dados Abertos (Open Data Day), que aconteceu, pela sétima vez, em diversos países mundo afora. O dia é uma oportunidade de divulgar o que são e mostrar os benefícios dos dados abertos (open data).
Este ano, havia quatro trilhas nas quais os eventos poderiam se focar: ciência aberta, monitoramento de fluxos de dinheiro público, meio ambiente e direitos humanos. Em uma iniciativa conjunta entre PoliGNU, PoliGen, MariaLab e Transparência Hacker, dentro da trilha de direitos humanos, o evento de São Paulo decidiu discutir a participação das mulheres no desenvolvimento de políticas públicas a partir de dados abertos.
O processo do Open Data Day SP 2017 foi documentado neste pad, e contou com quatro etapas: apresentações e explanações, mapeamento de iniciativas Open Data, mapeamento de iniciativas ligadas às lutas das mulheres e trabalho dos grupos sobre análise de dados e geração de visualizações.
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Na primeira etapa, cada pessoa se apresentou brevemente e foi possível perceber a diversidade do público: engenheiros(as), desenvolvedores, consultora de negócios, designer, assistente social, professora, jornalistas, estudantes e pesquisadores(as). Além disso, foi feita uma apresentação inicial sobre o que são Dados Abertos.
Na segunda etapa, houve um brainstorm, no qual os participantes escreveram em post-its as soluções que conhecem que acham que utilizam Open Data, de forma a tornar esses dados em informação útil para cidadãs e cidadãos.
Na terceira etapa, houve uma continuidade do brainstorm, e os participantes escreveram em post-its as iniciativas ligadas a lutas, reivindicações e demandas das mulheres, baseadas na Internet ou não, que utilizem Open Data ou não.
Na quarta, formaram-se dois grupos de interesses complementares: um que queria abordar a inequidade de gênero a partir de um viés econômico, e outro que queria investigar um pouco melhor a baixa representatividade feminina nos cargos públicos eletivos.
O grupo que trabalhou com foco na política buscou dados abertos do Tribunal Superior Eleitoral, referente às eleições de 2016 (disponíveis aqui). Foram geradas tabelas, gráficos e mapas no Infogr.am e o código utilizado para os cálculos está disponível no GitHub do PoliGNU. Já o grupo que trabalhou com o foco na economia buscou dados abertos sobre rendimentos, população ocupada, desocupada, economicamente ativa, em idade ativa e quem é microempreendedor(a) individual (MEI) no site IBGE (disponível aqui). Foram gerados gráficos no Infogr.am e os dados utilizados para os gráficos estão disponíveis aqui.