Tecnologia

7 fev, 2014

Nova descoberta permite criar eletrônicos feitos de grafeno

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Há anos, os cientistas vêm se esforçando para criar componentes eletrônicos à base de grafeno que sejam capazes de rivalizar com chips de silício. Isso pode estar próximo, já que uma equipe internacional de cientistas inventou uma nova forma de grafeno que conduz dez vezes mais eletricidade.

grafeno

O truque é permitir que os elétrons atuem como fótons. O material é composto por nanofitas de grafeno, com o mesmo arranjo de átomos de carbono em favo de mel.

Ele é fabricado por um processo relativamente simples: os cientistas preparam as nanofitas em wafers de carbeto de silício, que contêm um relevo criado por técnicas comuns de microeletrônica. O wafer é então aquecido a cerca de 1.000ºC, derretendo o silício e deixando nanofitas de grafeno com bordas perfeitamente lisas. O grafeno se forma espontaneamente no relevo do wafer.

As bordas lisas são as responsáveis por tornar as nanofitas tão úteis. Isso permite que os elétrons se movam ao longo do grafeno praticamente sem resistência. “Esses elétrons na verdade se comportam mais como a luz”, disse Walt de Heer, professor no Instituto de Tecnologia da Geórgia (EUA), que trabalhou no estudo. “É como a luz passando por uma fibra óptica. Devido à forma da fibra, a luz é transmitida sem dispersão.”

Para De Heer, a descoberta “deve permitir uma nova forma de fazer eletrônicos”. Os elétrons viajam com tanta facilidade que as nanofitas parecem semicondutores.

Isso é importante por resolver um problema do grafeno: transistores comuns feitos com o material simplesmente se recusam a desligar. No entanto, as nanofitas permitem criar interruptores para “desligar” o fluxo de elétrons. Assim, a técnica permite criar componentes eletrônicos à base de grafeno.

Agora, o trabalho dos cientistas é entender melhor como esses nanofitas de grafeno funcionam, pois só então eles poderão usá-las para criar eletrônicos. As aplicações reais dessa tecnologia ainda ficam para o futuro.

Com informações de Gizmodo