Depois de receber um investimento de US$ 60 milhões Carlos Slim, da América Móvil (detentora da Claro), o Mobli, concorrente do Instagram, quer criar uma nova forma de pesquisar imagens na Internet.
Em vez de usar apenas tags, a empresa americana busca um método de pesquisar fotografias sem depender apenas de palavras ou nomes de arquivos. A ideia é que um algoritmo, aliado a um software, seja capaz de analisar imagens e exibi-las nos resultados. Por exemplo, se a foto de um iPhone não tiver a palavra “smartphone”, ele seria exibido nessa busca.
A empresa possui mais de dois milhões de usuários no Brasil e tem um funcionamento similar ao do Instagram: seu aplicativo móvel é uma rede social de compartilhamento de fotos. Mas, em vez de seguir apenas outros usuários, é possível seguir hashtags. Nesse caso, todas as imagens marcadas com a palavra fun (diversão) são exibidas, mas apenas se o internauta que compartilhou a fotografia tiver um perfil público.
O Brasil é o segundo país com mais usuários do Mobli, atrás apenas dos Estados Unidos, mas é onde há maior quantidade de postagens e curtidas. Apesar de não possui um escritório em território nacional, ao menos por enquanto, a empresa contratou recentemente uma funcionária brasileira para trabalhar em Israel, outra região importante para a companhia.
Em entrevista à Info, Yaron Talpaz, vice-presidente de conteúdo do Mobli, disse que o principal objetivo do serviço é criar o melhor feed das redes sociais, não apenas seguindo os seus amigos, mas também hashtags. “Na sua linha do tempo, é exibido apenas o que é relevante para você. Esse é o nosso desafio e é algo em que estamos trabalhando. Vamos lançar uma versão muito mais inteligente do nosso app nos próximos meses com melhorias nessa área. A ideia é que você possa quebrar o seu círculo de amigos padrão e expandi-lo de acordo com os seus interesses, seguindo as atualizações por meio das hashtags”, explicou.
De acordo com Talpaz, cerca de um milhão de fotos são publicadas diariamente no Mobli. Para aumentar esse número, a empresa pretende investir no público jovem. “Teremos filtros de fotos exclusivas para o Carnaval, bem como hashtags para agregar esses conteúdos. Também buscamos entender mais o que o mercado brasileiro precisa. Por isso contratamos uma brasileira recentemente”.
Em relação ao fato de o Instagram ter bloqueado a API que permitia importar conteúdos do Instagram para o Mobli, Talpaz disse: “Foi uma decisão deles fazer isso, nós fomos alertados. Mas para nós, é outra oportunidade para nos dedicarmos aos usuários: criamos um recurso que permite o download das informações do perfil. Acreditamos que o que você posta é seu e pode ser levado para onde você quiser. A liberdade para usuário é uma das bandeiras do Mobli. Não ficamos felizes de não oferecer mais isso, mas seguimos em frente e continuamos buscando melhorar a experiência do usuário”.
Com informações de Info