DevSecOps

30 nov, 2015

IoT no Brasil enfrenta problemas com regulamentação, infraestrutura e tributação

Publicidade

O Brasil tem chances de se destacar na era da Internet das Coisas caso consiga vencer os desafios encontrados atualmente (regulamentação, infraestrutura e tributação). Isso é o que pensa o presidente-executivo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Sérgio Gallindo, que abordou o tema na Câmera dos Deputados nesta quinta-feira (26/10), onde cobrou engajamento do governo, parlamentares e empresários.

De acorod com as previsões para 2020, serão ao total 50 bilhões de dispositivos conectados; e isso requer infraestrutura adequada. Políticas públicas e regulamentação, que são tarefas governamentais, precisarão acompanhar o crescimento deste mercado, especialmente no que tange a privacidade dos dados. Na audiência pública, o executivo também sugeriu que o país invista na produção de semicondutores simples, algo essencial para a IoT.

Para o diretor de Regulação do SindiTelebrasil, Sérgio Kern, a conexão de objetos pode se tornar inviável no Brasil sem a redução da carga tributária. Segundo ele, o chip para a comunicação máquina a máquina já paga menos Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações), mesmo assim, a rentabilidade é baixa. “É preciso que o Brasil adote políticas para destravar os investimentos nessa área”, defende.

Para o representante da Câmera Brasileira de Comércio Eletrônico (camera e-net), Caio Faria Lima, o Brasil necessita de regulamentação para que possa controlar os diversos negócios que possam surgir com o avanço da Internet das coisas e de outras tecnologias. Ele Prega também uma regra que limite o uso de dados anonimizados, que preserve a privacidade do cidadão.

Outros diretores e executivos também defenderam a importância da Internet das coisas e de uma evolução no setor de tecnologia brasileira. Mas, sozinho, o governo acredita que não conseguirá investir na nova tecnologia e, por isso, existe a necessidade de adotar regras mais simples que agilizem o mercado. “Temos que aprender a regularizar a desregulamentação”, defendeu o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera.