Em um cenário global onde o Brasil é o país mais atacado por hackers na América Latina e o segundo no mundo, apenas atrás dos Estados Unidos, a cibersegurança deixou de ser uma escolha e se tornou uma necessidade estratégica para empresas. Dentro desse panorama, destaca-se o trabalho dos hackers éticos, especialistas cuja missão é identificar e corrigir vulnerabilidades de forma proativa, garantindo a integridade dos dados e a confiança dos clientes.
Ao contrário do que muitos imaginam, o termo “hacker” não se refere apenas àqueles que utilizam suas habilidades para fins ilícitos. Os hackers éticos desempenham um papel crucial na prevenção de ataques, atuando de forma autorizada e responsável.
Um exemplo prático vem da Alias, uma empresa que oferece soluções tecnológicas para instituições financeiras e Detrans, especialmente no segmento de registro de contratos de financiamento de veículos. Com foco em inovação, a empresa é referência no segmento. Utilizando tecnologia avançada para proteger dados de clientes e instituições financeiras.
“Hoje, a maior moeda que temos são as informações. Nosso trabalho é garantir que elas permaneçam seguras, mesmo diante de milhares de tentativas de invasão diárias”, explica Roberto Leonardi, especialista em segurança da Alias.
Hackers éticos: como funciona o trabalho deles?
Os hackers éticos simulam ataques cibernéticos reais em ambientes controlados para expor possíveis brechas antes que sejam exploradas por hackers mal-intencionados. Na Alias, essas simulações acontecem em ambientes homologadores — réplicas do sistema original, mas com dados falsos e gerados aleatoriamente. Isso garante que a integridade das informações sensíveis não seja comprometida.
Ferramentas avançadas, como OWASP Zap, OpenVAS, Metasploit e Burp Suite, são utilizadas para mapear vulnerabilidades. Além disso, protocolos rigorosos e backups garantem que, mesmo em testes no ambiente produtivo, a segurança dos dados seja preservada.
Impacto na confiança dos clientes
A atuação preventiva dos hackers éticos não apenas protege os sistemas, mas também reforça a confiança dos clientes. Um exemplo prático compartilhado por Roberto é a implementação de scripts avançados que detectam e bloqueiam imediatamente IPs associados a tentativas de invasão. “Recebemos inúmeras tentativas de ataque por dia, e nenhuma foi bem-sucedida. Isso reforça a confiança no nosso trabalho e nos diferencia no mercado em que atuamos”, afirma.
Desafios e alinhamento com certificações
A segurança cibernética enfrenta o desafio de equilibrar inovação com conformidade regulatória, especialmente em setores de alta exigência, como o mercado. A Alias segue normas rigorosas e, como consequência positiva disso, recebeu a certificação de compliance LGPD atestada pela Comply LGPD Solutions.
“Nosso trabalho é profundamente alinhado com essas certificações. Testes regulares garantem que estamos em conformidade com as normas, fortalecendo nossas defesas digitais e a confiança dos clientes”, finaliza Roberto Leonardi.