Os times de tecnologia têm papel central nas iniciativas de ESG das empresas. Isso é possível pela adoção de práticas de Green Coding, um conceito focado na otimização dos processos de desenvolvimento de software, tornando-o mais eficiente e consumindo menos recursos.
O mercado de TI está se expandindo e cresceu 11,9% desde 2021, alcançando R$ 707,7 bilhões em 2023, de acordo com os números da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais). Ainda, a expectativa é de que os investimentos em transformação digital no Brasil somem R$ 729 bilhões até 2027, garantindo a continuidade desse fluxo positivo.
“Diante desses movimentos, há um grande foco em sustentabilidade. Esse aspecto se tornou uma prioridade global, e a tecnologia desempenha um papel essencial na busca por um futuro mais ‘verde’”, aponta Tonimar Dal Aba, gerente técnico da ManageEngine. “O aumento na frequência e severidade das emergências climáticas fez com que ações corretivas se tornassem um requisito obrigatório e imediato. É hora de aplicar iniciativas de desenvolvimento sustentável focadas na redução da pegada de carbono e na economia de recursos naturais.”
Green Coding – Em busca de um código mais “verde”
Na realidade de hoje, as políticas de ESG são cruciais para as empresas de TI, seja no desenvolvimento de software ou na redução do lixo eletrônico. Uma das principais iniciativas deste tipo é a Green Software Foundation, que reúne grandes nomes do setor, como Microsoft, GitHub, Accenture, Intel, Siemens e UBS, para criar um ecossistema focado no desenvolvimento de software mais sustentável.
As medidas de Green Coding também devem ser incorporadas imediatamente por organizações que desejam lidar com a atual emergência climática, contribuindo para a proteção do meio ambiente e reduzindo a pegada de carbono. “Entre os exemplos de práticas que já podem ser aplicadas estão a escrita de códigos de forma mais eficiente com o uso de linguagens de programação otimizadas para esse fim, e a implementação de testes e validações que levam em conta não apenas a funcionalidade das soluções, mas também a eficiência energética do código”, detalha Tonimar.
Tais princípios devem ser aplicados desde a fase de design até a execução e manutenção do software. O objetivo é garantir um resultado eficiente, que consuma menos recursos computacionais e, consequentemente, menos energia. “Ao adotarem essas práticas, os programadores podem desempenhar um papel vital na construção de um futuro mais sustentável”, adiciona Tonimar. “Quando mais profissionais se conscientizam da importância dessas práticas, nos aproximamos de um mundo mais verde, no qual tecnologia e o meio ambiente caminham lado a lado.”
Entre as empresas que já estão adotando essas iniciativas está a Swile, do setor de benefícios corporativos, em parceria com a Yaman, uma consultoria de controle de qualidade ágil e engenharia de software. Diante de um crescimento considerável, a empresa precisou reduzir os custos das aplicações e implementou iniciativas de Green Coding, alcançando resultados de alto desempenho e otimizando as operações em 40% apenas nos primeiros três meses, um tempo considerado recorde.
O papel dos futuros programadores
O Green Coding não surge apenas como um conjunto de práticas que visa a responsabilidade ambiental, mas também pode representar uma oportunidade para jovens programadores. Com mais organizações buscando atuar de forma eficiente e sustentável, profissionais que tenham conhecimento das práticas “verdes” de desenvolvimento de software podem ter vantagens competitivas bastante significativas.
Tais aspectos se referem não apenas à obtenção de posições de trabalho melhores e com maior destaque, mas também com atuações mais relevantes nas organizações. Desenvolvedores que apliquem ativamente o Green Coding em seu trabalho diário podem se tornar pioneiros das mudanças internas, firmando o próprio nome no mercado e ampliando as oportunidades de avanço na carreira.
“A adoção de iniciativas de Green Coding não é apenas uma questão ética, mas também estratégica. As empresas precisam investir em treinamento e capacitação, implementar políticas de sustentabilidade, valorizar os profissionais engajados e colaborar com a nova geração de desenvolvedores. Com a combinação dessas melhores práticas, é possível transformar o futuro da tecnologia no Brasil de forma mais sustentável”, finaliza o especialista.
Sobre a ManageEngine
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