O Google lançou hoje o Launchpad Accelerator, um novo programa acelerador que vai fornecer orientação, treinamento, apoio e até US$ 50 mil para startups móveis no Brasil, na Índia e na Indonésia.
De acordo com Roy Glasberg, líder do Google Global, o acelerador nasceu do programa Launchpad do Google, lançado há dois anos e meio.
O Google estava em busca de formas para ter mais impacto sobre o ecossistema de startups, então sua equipe percebeu que havia essencialmente duas maneiras de escalar seus esforços. Por um lado, isso significava expandir sua presença online com as melhores ferramentas de treinamento, bem como o lançamento de projetos como Launchpad Days and Summits, que a empresa instituiu em mais de 30 países. Por outro lado, o Google também queria ser capaz de oferecer relações de orientação de alto impacto para algumas startups, e é aí que o novo programa acelerador entra.
Ao site TechCrunch, Glasberg declarou que a empresa está procurando especificamente por startups que podem ter um grande impacto em seus mercados locais. “O objetivo final do programa é identificar fatores que podem mudar o mercado e, por fim, se tornar um desses fatores”. A companhia optou por uma abordagem equity-free porque não quer manchar esse trabalho com pensamentos sobre ROI e equidade.
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Na prática, em primeiro lugar, o programa vai levar startups para Mountain View para um treinamento de duas semanas. Lá, elas se reunirão com mentores de dentro e de fora do Google. Glasberg descreveu isso como um “ambiente de pressão”, no qual a empresa irá ajudar essas startups a planejar seus próximos cinco meses e meio no programa (o que acontece em seus países de origem). Durante esse tempo, as startups funcionarão com uma série de tarefas individuais para ajudá-las a aprimorar estratégias de marketing, user experience e outros aspectos de seus serviços. Cerca de metade dos mentores são funcionários do Google, e a outra metade é composta por profissionais da comunidade de startups.
Quando elas voltarem para casa, terão espaço para trabalhar e acesso à rede local e internacional de mentores do Google, bem como créditos para usar as plataformas de desenvolvedor da empresa.
A primeira turma de 20 startups vai chegar a Mountain View em meados de janeiro e inclui startups como a ProDeaf, do Brasil, que traduz a linguagem falada em linguagem gestual usando avatares em 3D, e a Jojonomic, da Indonésia.
O Google planeja levar cerca de 50 novas startups para o programa acelerador todo ano, mas Glasberg também disse que a empresa pretende trabalhar com outras 200 startups em um programa mais livre, que não envolva o treinamento em Mountain View. Na verdade, ele ressaltou que o Google realmente quer manter esse programa o mais flexível possível. Talvez uma startup precise de mais de seis meses para fazer a diferença e, nesse caso, o Google pode trabalhar com a equipe um pouco mais.
Além de fazer a diferença para essas startups, o Google espera impactar o ecossistema das startups nesses países por meio da construção de uma rede de ex-alunos. “Queremos dar a todas as startups os melhores recursos que elas podem obter. Não importa onde elas estejam”, disse Glasberg.
O Google espera expandir esse programa para outros países em longo prazo.