A indústria tem se afastado cada vez mais do Adobe Flash como plugin preferido para reprodução de mídia, adotando soluções como o HTML5. E agora, um estudo da Recorded Future mostrou por que isso está acontecendo. Segundo o trabalho da empresa americana de segurança da informação, oito em cada dez ataques hackers têm pelo menos uma vulnerabilidade do software como alvo.
Mesmo com quase duas décadas de existência, os desenvolvedores continuam trabalhando ativamente no Flash, liberando patches de correção e atualizações de segurança quase que diariamente. Apesar disso, eles parecem não ser capazes de vencer os hackers nessa corrida, já que as falhas normalmente são descobertas depois que usos maliciosos são detectados. Isso, aliado à grande popularidade da aplicação, resulta em uma receita perfeita para crimes digitais e também para gerar muita dor de cabeça à Adobe.
Para chegar aos resultados, a Recorded Future analisou fóruns frequentados por hackers entre os meses de janeiro e setembro de 2015, além dos 100 “exploit kits” (conjuntos de softwares utilizados para invasão e infecções de computadores) mais utilizados em ataques durante esse período. A conclusão foi exatamente a esperada: o Flash é a porta de entrada preferida dos criminosos digitais, tanto em ataques contra o usuário final quanto na quebra de redes corporativas.
Mesmo com resultados como esse, a tecnologia continua sendo uma das mais utilizadas online para reprodução de conteúdo multimídia. Mas isso felizmente está mudando, com a Apple sendo notoriamente contra a utilização do Flash em dispositivos com iOS, enquanto o Google deixou de dar suporte para o plugin e também de executar alguns de seus conteúdos no Chrome.
O Facebook foi mais incisivo e disse que é hora de a Adobe decretar a morte do sistema. A companhia, porém, não se pronunciou sobre o assunto e disse que continua trabalhando ativamente no Flash de forma a torná-lo uma plataforma segura e confiável para a web.
Com informações de Canaltech