Marketing Digital

17 abr, 2017

Facebook tenta desenvolver a melhor assistente virtual de todos os tempos

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O Alexa da Amazon pode chamar um Uber, a Siri pode controlar seu termostato conectado à Internet. Cada um serve milhões de usuários por dia. Mas um grupo de cerca de 10 mil pessoas, principalmente na Califórnia, sabe que o assistente do Facebook, chamado de M, é o mais inteligente do grupo.

Segundo o site Technology Review, o assistente experimental do Facebook, oferecido no aplicativo Messenger, mostra o valor de ter um verdadeiro mordomo digital no bolso. Em vez de apenas recuperar informações simples de bancos de dados, o M pode entender ordens complexas e realizar ações como reservar entradas de teatro ou entrar em contato com empresas para obter informações.

M é tão inteligente porque trapaceia. Ele funciona como a Siri – quando você envia uma mensagem para M, algoritmos tentam descobrir o que você quer. Quando eles não conseguem fazer isso, o M não recorre a pesquisas na Web ou a dizer “Sinto muito, não entendo a pergunta”. Em vez disso, um ser humano assume invisivelmente, respondendo ao seu pedido como se os algoritmos ainda estivessem no controle.

Esse projeto é muito caro para ser testado pela base de 1,2 bilhão de pessoas que usam o Facebook Messenger, então o Facebook ofereceu o M a alguns milhares de usuários em 2015 como uma espécie de projeto semipúblico. Trabalhadores humanos e algoritmos entrelaçados foram destinados a revelar como as pessoas reagiriam a um assistente virtual onisciente e a fornecer dados que permitiriam que os algoritmos aprendessem a assumir o trabalho de seus “treinadores” humanos.

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Agora, dois anos depois, o projeto de pesquisa do Facebook pode justificadamente ser chamado de sucesso. Afinal, a teoria de que o software poderia aprender a assumir algum trabalho dos treinadores humanos tem sido corroborada. No entanto, o M ainda está longe do ponto em que poderia ser oferecido aos outros 99,9% dos usuários do Messenger, e os progressos foram mais difíceis do que o esperado.

O M foi inicialmente oferecido apenas para os funcionários do Facebook e, em seguida, para alguns heavy users do Messenger na Califórnia. E não demorou muito para demonstrar que os algoritmos poderiam realmente aprender a fazer parte do trabalho que está sendo feito pelos seres humanos alimentando o assistente.

O grupo de pesquisa de inteligência artificial do Facebook usou o M para testar um novo tipo de software de aprendizagem chamado de rede de memória, que tinha mostrado aptidão em responder a perguntas sobre histórias simples. O software usa um tipo de memória de trabalho para limpar informações importantes para uso posterior, um projeto que o Google também está testando para melhorar as habilidades de raciocínio do software.

O Facebook afirmou que está comprometido com o projeto, e o momento atual em inteligência artificial é bom para apostas de longo prazo. Nos últimos dois anos, deep learning tem alterado as técnicas e as expectativas estabelecidas para o software que processa a linguagem, segundo Justine Cassell, professora da Carnegie Mellon. “Estamos nos dias de glória desses novos algoritmos de machine learning”, disse ela. De fato, a precisão da tradução do Google saltou recentemente para um nível quase humano.

Isso não significa que é uma conclusão inevitável que o software pode aprender a agir como um mordomo apenas observando seres humanos fazê-lo. “Acho que ainda não sabemos”, disse Cassell, mas os pesquisadores do Facebook afiram que têm muitas ideias para explorar.

Uma delas é fazer o lado automatizado do M aprender com feedback positivo ou negativo nas mensagens que os usuários enviam, utilizando uma técnica inspirada no processo de treinamento de animais com recompensas. Para incentivar ideias na comunidade de pesquisa, a equipe do Facebook lançou ferramentas para ajudar os outros a testar e comparar os bots assistenciais sem scripts.