Para se manter a par das demandas de usuários, o Facebook está aumentando sua dedicação para avançar a inteligência artificial. Na terça-feira (03/11), a companhia reportou que está fazendo progressos na área ao criar e testar seu assistente de inteligência artificial batizado de “M”. Diferente de outros sistemas inteligentes que podem dizer ao usuários a previsão meteorológica ou ainda abrir um mapa, o “M” é desenhado para cumprir tarefas.
De acordo com o Facebook, o “M” foi criado para cumprir pedidos como comprar um presente e entregá-lo a sua mãe, por exemplo. Também conseguirá marcar e administrar compromissos, viagens e reservas em restaurantes. O novo assistente tem se mostrando promissor, entretanto, para lidar com pedidos e tarefas mais complexas, o sistema precisa de maiores avanços em linguagem, visão, predição e planejamento de máquina.
“A quantidade de dados que nós precisamos considerar quando entregamos seu Feed de Notícias tem aumentado em cerca de 50% a cada ano – e pelo que eu posso imaginar, nossas horas de vigília não estão acompanhando essa taxa de crescimento”, escreveu Mike Schroepfer, Chief Technical Officer do Facebook, em um post de blog.
“A melhor forma que eu posso imaginar para manter o ritmo desse crescimento é desenvolver sistemas inteligentes que nos ajudem de alguma forma nesse dilúvio de conteúdo”, completou. Ele ainda adicionou que com texto, fotos, vídeos e, em breve, com a realidade virtual, o Facebook está lidando com uma quantidade crescente de informação que usuários estão postando e buscando por.
No próximo mês, a equipe de Inteligência Artificial do Facebook apresentará sua pesquisa em detecção de objetos, um subconjunto em visão computacional durante a conferência Neural Information Processing Systems, em Montreal, Canadá.
Detecção de objetos é um grande desafio. Enquanto pessoas conseguem enxergar linhas e formas, o computador apenas reconhece pixels, tornando mais difícil para distinguir coisas nas imagens.
O Facebook reportou ainda que seu novo sistema de Inteligência Artificial consegue detectar imagens 30% mais rápido, utilizando 10 vezes menos dados. A companhia também informou que combinou seu sistema Memory Networks (MemNets), que foi desenhado para ler e responder questões em pequenos textos, com nova tecnologia de reconhecimento de imagem. Ao conectar os dois, usuários devem conseguir perguntar a máquina o que há nas fotos.
Schroepfer acrescentou que sua equipe tem trabalhado para “ensinar” computadores como planejar, bem como aprendizagem preditiva, em que as máquinas podem aprender através da observação em vez de instrução direta.
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Com informações de Computer World