DevSecOps

4 jul, 2012

Estudo do Gartner revela que monitoramento das redes sociais vai aumentar

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De acordo com um recente estudo do Gartner, até 2015, 65% das empresas irão monitorar as redes sociais identificar falhas de segurança. Atualmente, esse índice é de menos de 10%.

Andrew Walls, vice-presidente de pesquisa da Gartner, afirma que novas tecnologias e serviços têm permitido o aumento do monitoramento dos empregados, e forçado as empresas a administrarem de perto os esforços nesse sentido por questões éticas e legais.

Com o monitoramento, as empresas evitam problemas de segurança, como funcionários disponibilizando vídeos não autorizados de atividades da empresa. Mas “há outros momentos em que o acesso às informações pode gerar responsabilidades graves, como um gestor analisar o perfil no Facebook de um empregado para determinar a sua religião ou orientação sexual, em violação de oportunidades iguais de emprego e regulamentos de privacidade”, escreveu Walls.

No início do ano, apareceram notícias de que alguns empregadores pediam as senhas do Facebook a pessoas entrevistadas para emprego. Segundo Walls, essa prática vai “desaparecer gradualmente”, mas as empresas continuarão a monitorar as conversas em redes sociais de funcionários e clientes.

Nesse sentido, o monitoramento pode ser encarado de forma negativa pelos empregados. “A vigilância das atividades dos funcionários em sites de rede social pelas empresas tem levado a ações disciplinares contra eles que, muitas vezes, apoiadas pela lei, violam as expectativas culturais da liberdade de expressão e da privacidade pessoal na maioria dos países ocidentais”, escreveu Walls.

De qualquer forma, os funcionários devem ter cuidado com mensagens “inapropriadas” relacionadas com o trabalho nos sites de rede social, de acordo com Paul Stephens, diretor de política e advocacia na Privacy Rights Clearinghouse. “Não há dúvida de que o crescimento das redes sociais criou uma mudança de paradigma para o monitoramento da segurança organizacional”, diz. “Os funcionários devem estar cientes de que as suas atividades podem ser monitoradas pelos seus empregadores, embora os parâmetros legais precisos para isso ainda tenham de ser criados”. Para ele, os funcionários devem fazer uso dos controles de privacidade na maioria das redes sociais.

Para John Simpson, diretor do Privacy Project da Consumer Watchdog, não há motivo para a “espionagem corporativa” em nome da segurança. “Na realidade, muito do que é discutido (no estudo da Gartner) é espionagem injustificada na vida pessoal”, afirma. “Não há nenhuma razão válida para isso, e as empresas que se dedicam a tais atividades devem ser pressionadas a abandonarem essa atividade antiética”.

O Gartner afirma que, atualmente, há vários produtos disponíveis para monitorar as redes sociais utilizadas pelos trabalhadores, e muitas empresas de relações públicas também vigiam as redes sociais como parte do seu serviço. As organizações de segurança também estão começando a prestar atenção às redes sociais, não só para vigilância da segurança interna, mas para detectarem ameaças emergentes.

Walls ressalta que as empresas que estejam considerando o uso de novos programas de vigilância precisam ter certeza de que estão cumprindo as leis de cada país em que operam. Além disso, se as empresas querem monitorar as atividades do empregado nas redes sociais em dispositivos de propriedade dos empregados, elas precisam da permissão deles. A mesma prerrogativa vale para o pessoal da segurança.

Com informações de CIO