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29 mar, 2022

Escola de programação e robótica trabalha a inclusão de crianças com transtorno do espectro autista

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Atualmente, a Educação Especial é tratada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em um capítulo específico, que compreende os artigos 58, 59 e 60, representando um marco para a Educação Especial, vista como uma modalidade transversal do sistema educacional brasileiro, ou seja, acontece em todos os níveis e modalidades de ensino, garantindo e incentivando a matrícula de crianças e jovens com deficiências e transtornos globais do desenvolvimento; fazendo com que os alunos autistas passassem a fazer parte deste grupo atendido.

O Transtorno de Espectro Autista (TEA) é caracterizado como um transtorno global do desenvolvimento, que ocasiona déficit na comunicação, na interação social e mudanças de comportamento em diversos contextos. Podendo ser definido por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades que mostram uma gama de manifestações conforme a idade e a capacidade, intervenções e apoios atuais.

Um estudo feito por Mattos e Nuernberg (2011), autores do artigo “Reflexões sobre a inclusão escolar de uma criança com diagnóstico de autismo na Educação Infantil”, apontaram melhorias na qualidade da interação e comunicação da criança autista, sobretudo na inclusão e acolhimento da turma e da professora frente ao aluno autista.

A educação é uma forma de a criança se desenvolver. Muito mais do que promover a igualdade é promover a equidade, trabalhando com adequações necessárias para cada indivíduo. Um ambiente bem estruturado, flexível e com acompanhamento constante permite que o processo de aprendizagem se torne mais significativo.

Em paralelo, o acesso à sala de aula também propicia motivação e o desenvolvimento sócio emocional e comportamental da criança, através de aulas em grupo, atividades e outras estratégias pedagógicas aplicadas na SuperGeeks, primeira e maior escola de Programação e Robótica para crianças e adolescentes.

“É uma imensa alegria observar o desenvolvimento das crianças, o aprendizado da programação e acompanhar o crescimento nessa área tão especial para a vida desses alunos que são sensacionais. Nos preparamos para receber e inseri-los em nosso universo de forma que se sintam acolhidos e pertencentes. Parte dos autistas possuem uma tendência de se identificarem com a tecnologia, o que faz com que nossos cursos sejam tão atrativos para eles. O estímulo ao processamento de informações visuais, auditivas e de concentração também contribuem para isso”, afirma Cássia Ban, CEO da SuperGeeks.

A contadora Cristiane Cardoso Gatti, mãe do Gustavo Gatti, aluno da SuperGeeks da unidade de Itu – São Paulo, conta que muitos autistas se encontram nessa área tecnológica devido ao raciocínio lógico que a informática possui, sendo uma aliada para os autistas que pensam de forma logica e racional.

Gustavo Cardoso Gatti, 13 anos, cursa a modalidade Games da SuperGeeks, está na fase 7 e estuda há 3 anos e meio na escola. Como muitos outros alunos das unidades, Gustavo se identificou desde o início com a rotina. Para ele, aprender programação sempre foi algo de seu interesse.

Gustavo Gatti, aluno da SuperGeeks de Itu com profissionais da unidade

Assim como muitas mães, Cristiane pede para que a sociedade se informe sobre o autismo: “Só respeitamos e aceitamos aquilo que conhecemos. Aprendi que melhor que a palavra inclusão é a palavra pertencimento, pois todos têm direito a pertencerem ao lugar que escolhem para estudar, se divertir, trabalhar”.

Tatiana Shiozaki, Diretora de Operações da SuperGeeks e franqueada da rede em Itu, comenta que todos procuram ler e se informar sobre as particularidades autistas: “Temos um canal aberto entre os pais e a escola, para que a comunicação sobre as necessidades de cada indivíduo seja respeitada. Também não deixamos de escutar o próprio aluno e observar suas características”.

É importante destacar que existem pesquisas que comprovam avanços e melhorias no desenvolvimento, nas relações e interações sociais de crianças com TEA. Principalmente na área tecnológica, onde muitos autistas se encontram devido ao raciocínio lógico. O que fez com que muitas empresas de tecnologia começassem a oferecer vagas destinadas exclusivamente a autistas, mas isso ainda está muito aquém do que possamos chamar verdadeiro pertencimento. É um pequeno passo dado.