Dave Hakkens, o criador de um dos primeiros smartphones modulares, o Phonebloks, criticou o trabalho do Google no Project Ara em um post no seu blog nesta semana. No texto ele afirmou não estar satisfeito com a recente versão do smartphone divulgada pela empresa.
O designer pontuou que o Project Ara não é “realmente aberto”. “Tudo acontece sob a égide do Google. Eles estão no comando, eles fazem as regras. Eles podem decidir mudar de repente os conectores ou o design, tornando todos os módulos anteriores obsoletos. É um ecossistema poderoso que não deveria estar nas mãos de uma organização”, afirmou.
Ele falou ainda que, no início, a ideia era que o modelo fosse eternamente atualizável, o que permitiria trocar a possibilidade de armazenamento, volume de memória, processador, ou a câmera sem trocar de celular. Mas, segundo o holandês, não é isso que vem acontecendo. “Basicamente, o esqueleto do Ara é um telefone totalmente equipado com coisas como CPU, antenas, sensores, bateria e visor. Os 6 pequenos módulos na parte de trás do telefone funcionam apenas para melhorar itens como câmera, alto-falantes, scanners, etc. Coisas para personalizar o celular, para se divertir. Isso significa que o telefone ainda fica obsoleto depois de um tempo. E se sua tela quebra? Bem, você ainda precisa substituir todo o telefone. E depois de dois anos ele fica lento e é necessário substituir o esqueleto”, critica Hakkens.
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O designer defende que o Google, como uma das maiores empresas do mundo, é capaz de produzir um smartphone realmente modular. “Sendo uma das empresas mais poderosas do mundo, com uma séria quantidade de recursos disponíveis, eu acho que eles poderiam fazer melhor”, explica.