Cientistas do Laboratório Nacional Brookhaven, nos EUA, foram capazes de medir, pela primeira vez na história, a força da antimatéria (imagem espalhada da matéria normal, que constitui um dos maiores mistérios cosmológicos).
Essa força corresponde à força nuclear forte, que é responsável por unir pedaços de matéria com o intuito de formar átomos.
As experiências foram realizadas pela Star Collaboration no Colisor Relativístico de Íons Pesados (RHIC, na sigla em inglês) em Brookhaven, e elas contaram com um ambiente parecido com o do universo logo depois do Big Bang ao acelerar átomos pesados a velocidades próximas à da luz. O resultado da explosão foi um plasma de quarks e glúons e toneladas de partículas de matéria e antimatéria.
A matéria e a antimatéria são opostos polares: a última possui carga negativa para contra-atacar a carga positiva da matéria, e elas se transformam em energia quando entram em colisão. Quando o universo surgiu, é provável que existisse a mesma quantidade de matéria e antimatéria, mas, por alguma razão, a matéria ganhou um pouco de vantagem. Atualmente, a matéria domina nosso universo, enquanto a antimatéria é muito rara. Esse desequilíbrio é um grande mistério para os físicos.
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Para ver a forma mais de perto, os pesquisadores fizeram milhões de colisões entre partículas de ouro para encontrar as que produziam pares de antiprótons suficientemente próximos para interagirem entre si. Para determinar a força entre esses pares, eles utilizaram as análises estatísticas e a distância na qual a força age.
Como resultado, a força forte da antimatéria que criou os núcleos de antimatéria se parece muito com as forças fortes que juntam a matéria.
Essa pesquisa constitui uma pequena contribuição para tentar solucionar a questão da matéria-antimatéria e vai ajudar na condução de testes mais precisos e de abordagens do problema a partir de novos ângulos.