Cientistas das universidades de Berlim e Heidelberg, na Alemanha, conseguiram tornar um processador neuromórfico totalmente funcional, executando uma tarefa específica e prática.
O chip usa “neurônios de silício”, componentes artificiais que imitam sinapses, para classificar diferentes tipos de dados, uma das tarefas mais comuns e mais úteis na computação.
Essa operação somente é suficiente para que o chip reconheça números escritos à mão ou separe espécies de plantas com base nas suas flores, desde que essas informações sejam convertidas em formatos adequados.
A grande esperança dos chips neuromórficos – que tentam imitar o funcionamento do cérebro humano – é tornar os processadores definitivamente paralelos, executando múltiplas funções ao mesmo tempo.
Quando os neurônios de silício, que são conectados de forma parecida ao que se vê no cérebro humano, recebem um fluxo de dados, eles começam a funcionar em paralelo para resolver o problema. Na verdade, é a natureza das suas conexões que determina o que o processador vai fazer com os dados.
A equipe conseguiu descobrir como programar seu chip neuromórfico – em outras palavras, eles descobriram uma forma de fazer as conexões dos neurônios para que eles classifiquem dados de diferentes características.
Para implementar sua rede, Michael Schmuker, um dos cientistas do projeto, utilizou um processador neuromórfico criado em 2012 na Universidade de Heidelberg, chamado Spikey, e que realizou operações primárias de forma mais eficiente que um processador digital tradicional.
De acordo com a equipe, o próximo passo é estabelecer as regras para que a programação dos processadores neuromórficos possa ser feita de forma mais prática, ou seja, definir como montar redes neuromórficas para realizar tarefas específicas, ou eventualmente montar redes neuromórficas multifunção.
Um dos grandes desafios nessa linha de pesquisas é que, assim como os neurônios naturais no cérebro, dois neurônios de silício nunca são fabricados iguais, comportando-se cada um com sua própria personalidade.
Com informações de Inovação Tecnológica